Olho no craque: Vitinha é o ‘meia estilo Barcelona’ no PSG de Luis Enrique no Mundial de Clubes
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A cada rodada do Mundial de Clubes, o Estadão vai eleger um novo craque que deve atrair a atenção. Para esta segunda rodada, o destaque é o meia Vitinha, do Paris Saint-Germain, que encara o Botafogo, nesta quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), no estádio Rose Bowl, em Pasadena.
Eleito melhor jogador da goleada por 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid na estreia pelo Mundial, Vitinha tem um sucesso que não é de hoje. O português chegou ao PSG ainda em 2022, quando a equipe tinha o estrelado elenco com Messi, Mbappé e Neymar.
Veio a reformulação com a saída dos craques, com foco em jovens talentos em vez de atletas renomados. Vitinha, que já estava por ali, se deu bem. Aos 25 anos, ele é peça-chave do meio de campo do PSG de Luis Enrique.
Junto do compatriota João Neves, Vitinha repete a dinâmica que o técnico espanhol teve com Iniesta e Xavi no Barcelona, clube que comandou entre 2014 e 2017. Luis Enrique é de uma escola de técnicos barcelonista e aplica essas ideias no time francês.
Vitinha aparece em frente aos zagueiros, mas chega até o ataque com facilidade. Foi dele um dos gols sobre o Atlético de Madrid na primeira rodada.
“Vitinha é único. É uma posição vital para nós, a de pivote. É um jogador com capacidade de controlar a bola, não a perde nunca", descreveu Luis Enrique após a vitória sobre o Brest na repescagem da Champions League. “É forte fisicamente, com uma mentalidade impressionante. É um prazer ter um jogador como ele”, concluiu.
Enquanto muitos opinam que a Bola de Ouro pode ser entregue a Ousmane Dembélé, outro craque do PSG, há quem defenda que Vitinha é um forte concorrente. O técnico de Portugal, Roberto Martínez, compartilha desta visão.
“Vitinha foi essencial para o PSG ganhar tudo o que ganhou. Pelo estilo do Vitinha e a eficácia, Vitinha merece a Bola de Ouro”, disse após a vitória sobre a Alemanha, pela semifinal da Liga das Nações.
O meia chegou a integrar a base do Benfica, mas foi dispensado pelo porte físico franzino. Ele foi procurado pelo Sporting, mas optou pelo Porto, clube pelo qual estreou profissionalmente em 2020.
No mesmo ano, Vitinha foi emprestado ao Wolverhampton, da Inglaterra. Após uma temporada, ele voltou ao Porto. Com o clube português foram dois títulos da Primeira Liga (2019/20 e 2021/22), uma Taça da Liga (2019/20) e uma Taça de Portugal (2021/22).
O PSG pagou 40 milhões de euros (equivalente a R$ 215 milhões) para tirá-lo do Porto. Na época, o técnico Christophe Galtier já o teve como jogador de confiança, e Vitinha viveu uma rápida adaptação.
Assim como o clube francês, o atleta vive o auge após o título da Champions League. A ambição do meia é conquistar também o Mundial. “A gente valoriza estar aqui e aproveita os treinos. Estamos aqui para vencer. Não viemos aos Estados Unidos de férias ou para passear. Viemos aqui para vencer. É outra grande competição, a primeira vez com esse formato. Queremos fazer história mais uma vez, queremos vencer”, disse à imprensa.
O PSG lidera o Grupo B do Mundial, com três pontos, empatado com o Botafogo. Os franceses se dão melhor no saldo de gols (4 contra 1).
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