F1: 5 coisas que aprendemos no sábado do GP da Inglaterra
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Max Verstappen cravou uma das poles mais suadas da temporada 2025 da F1 no GP da Inglaterra. Neste sábado (5), o neerlandês não apenas se meteu em uma disputa que parecia ser entre Ferrari e McLaren, como superou todo mundo. Com 1min24s892, acertou uma volta praticamente perfeita.
Tão perfeita foi a volta de Max que a sensação foi de que os demais perderam chances de segundo lugar, não de beliscar a pole. Oscar Piastri e Lando Norris, que saem em segundo e terceiro, não acertaram giros perfeitos, bem como Lewis Hamilton e Charles Leclerc, quinto e sexto, respectivamente. Aliás, para sermos mais precisos, Hamilton e Leclerc cometeram erros bem mais importantes.
Tanto foi assim que a dupla da Ferrari foi surpreendida pelo improvável ataque de George Russell. o inglês colocou a Mercedes em quarto quando absolutamente nada indicava que isso fosse possível. Agora, torce forte para que o frio chegue de vez em Silverstone.
Novamente em grande fase, Fernando Alonso comandou a ‘F1 B’ mais uma vez. O espanhol divide a quarta fila com um inacreditável Pierre Gasly, levando a Alpine de uma muito provável queda no Q1 para uma ida ao Q3. O top-10 do grid ainda tem Carlos Sainz e o punido Kimi Antonelli. Gabriel Bortoleto parte de 16º.
Verstappen fez de novo: pole fantástica na Inglaterra
Em uma temporada tão dura para a Red Bull, tudo que Verstappen consegue fazer acaba ganhando contornos heroicos. E, na real, é meio que isso mesmo. A pole do tetracampeão na Inglaterra foi mais um capítulo especial da gloriosa carreira do fenômeno neerlandês, arrancada no talento extremo e passando a sensação de que pode competir, ainda que em nítida inferioridade. Sabe-se lá o que vai rolar na corrida, já que a Red Bull certamente precisou comprometer um pouco do ritmo de corrida em prol de uma classificação melhor, mas fato é que não podemos achar que o que Verstappen faz com esse carro é trivial.
Piastri e Norris quase empatam e encaram pedreira neerlandesa no domingo
Não dá para dizer que Norris e Piastri tiveram desempenhos horríveis na classificação, mas é justo também achar que ficou um gostinho de quero mais para a McLaren. Ainda que Verstappen tenha feito milagre, os papaias saem do sábado sabendo que deixaram a Ferrari para trás, mas que terão um rival ardido no domingo. Além disso, é claro, o mais importante aqui: Piastri e Norris saem juntinhos no grid de novo, quer dizer, há uma chance real da sequência de brigas entre eles continuar em Silverstone. Quem sabe? Seria ótimo para a temporada.
Zebra do dia, Russell faz Mercedes ter fiapo de esperança com chegada do frio
O quarto lugar de Russell no grid da Inglaterra também pode ser tratado como um certo milagre. A Mercedes parecia carta totalmente fora do baralho por lá, do TL1 ao Q2 da classificação, sem respiro. Ainda tem o fato do ritmo de corrida na simulação ter sido muito ruim, ou seja, estava tudo errado. O sétimo tempo registrado por Antonelli reflete melhor a situação dos prateados, mas a chance agora se apresenta pelas mãos de George. Dá para sonhar com algo no domingo? Muito difícil, mas a previsão diz que o frio vai aumentar, quer dizer…
Leclerc e Hamilton erram e perdem grande chance na classificação da Inglaterra
Se a Mercedes ficou atrás o fim de semana todo, a Ferrari foi o oposto. Os italianos chegaram como candidatos reais na briga pela pole e cresceram de nível no Q2, justamente quando o negócio começa a apertar. Só que tudo foi pelo ralo no Q3, de forma dramática. Leclerc fez uma volta bem ruim, toda truncada, enquanto Hamilton brilhou nos dois primeiros setores e aí cometeu dois erros no terceiro, perdendo, pelo menos, um segundo lugar. O ritmo de corrida era bom até a sexta-feira, é verdade, mas sair de quinto e sexto realmente tira, em condições absolutamente normais, os caras da briga pela primeira vitória do ano. E esse deveria ser o objetivo real em Silverstone.
Colapinto bate de novo e Tsunoda cai no Q2: a panela de pressão da F1
A panela de pressão da F1 2025 está apitando fortemente. Em uma temporada em que Liam Lawson já foi rebaixado e Jack Doohan demitido, os substitutos simplesmente não se provam. Yuki Tsunoda ampliou para inacreditáveis seis as corridas sem chegar ao Q3 mesmo pilotando uma Red Bull, enquanto Franco Colapinto fez o que menos podia: bateu. É evidente que os dois não são os únicos culpados pelo momento ruim, especialmente no caso do argentino, mas a F1 tem paciência curta. Flavio Briatore e Helmut Marko, então, nem se fala. Aquece, Valtteri Bottas. Aquece, Arvid Lindblad.
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