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Esportes

Catar e sua estratégia geopolítica também disputam a final da Champions League


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Um título do Paris Saint-Germain no sábado, na final da Liga dos Campeões contra a Inter de Milão, também seria um sucesso para o Catar, que fez do clube francês uma ferramenta de seu ‘soft power’ e um cartão de visitas deste emirado do Golfo, segundo especialistas.

Menos de três anos após organizar a Copa do Mundo de 2022, conquistar um título europeu com o PSG, clube comprado pelo Qatar Sports Investments (QSI) em 2011, o Catar validaria o projeto de diplomacia através do esporte neste pequeno país com 2,8 milhões de habitantes.

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A medida “sem dúvida” valeu à pena, disse à AFP uma pessoa próxima a Nasser Al Khelaifi, diretor-executivo da QSI e presidente do PSG. O valor do clube subiu de 70 milhões de euros em 2011 para 4,2 bilhões de euros (R$ 22,4 bilhões, na cotação da época) em dezembro de 2023, quando ocorreu a venda de parte do capital para a empresa americana Arctos.

Sequência da Copa de 2022

Segundo o porta-voz de Al Khelaifi, o crescimento do PSG com o QSI foi “astronômico”, considerando “os aspectos esportivos (quatro semifinais nos últimos seis anos, vários troféus nacionais), financeiros, a imagem da marca, a infraestrutura com o Campus PSG e a melhoria do Parque dos Príncipes”.

Ganhar a atual Liga dos Campeões “demonstraria a capacidade do Catar de transformar seus milhões em retornos positivos e adesões”, além de provar que “sua política de soft power funciona” e que o país é “capaz de encontrar a fórmula”, enfatiza Jean-Baptiste Guégan, também especialista em geopolítica do esporte.

No contexto geopolítico e diplomático no qual o país do Oriente Médio assinou um acordo de cooperação com os Estados Unidos, tendo um papel de mediador na guerra de Gaza e no conflito entre Ruanda e República Democrática do Congo, o sucesso do PSG seria positivo para o emir Tamim Ben Hamad Al Thani, segundo Raphël Le Magoariec, doutor em Ciências Políticas especialista no Golfo Pérsico e em esportes.

Para Pim Verschuuren, um título do PSG no sábado “só terá efeitos positivos” para o Catar, depois que a Copa do Mundo de 2022 provocou polêmicas sobre os direitos humanos no emirado, a criminalização da homossexualidade e a falta de democracia.

Jean-Baptiste Guégan considera que a coroação do clube francês “completaria o equilíbrio da Copa do Mundo de 2022” devido à “boa imagem” da equipe de Luis Enrique nesta temporada, longe de “escândalos extraesportivos e da má conduta”.

Segundo Guégan, será “interessante” analisar como o Catar quer se apropriar da narrativa para contar “sua associação ao PSG e também como o emir e Nasser Al Khelaifi serão apresentados”.

O presidente do time parisiense, uma figura próxima ao emir, ocupa vários cargos executivos (beIN Media, Federação de Tênis do Catar, entre outros) e “necessariamente se beneficiaria” do título, apesar dos vários problemas judiciais que prejudicaram sua imagem, de acordo com o pesquisador.

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