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Esportes

Ancelotti vai precisar popularizar sua imagem no Brasil? Especialistas comentam


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Anunciado como comandante da seleção brasileira, Carlo Ancelotti será mais um treinador estrangeiro no País. Há anos uma série de discussões acerca da presença de profissionais de fora do Brasil toma conta do discurso de profissionais envolvidos com o futebol.

O italiano será desafiado a se adaptar o mais rapidamente possível ao nosso futebol e a um novo formato de trabalho, uma vez que seleções se reúnem apenas cinco ou seis vezes por ano. Para além do que fará na CBF, Ancelotti pode ter de se preocupar com a popularização de sua imagem no País, criando simpatia e melhorando o clima entre torcida e seleção.

Ao optar pelo nome de um estrangeiro, a CBF segue os passos do que já fazem os clubes na sua principal competição, o Campeonato Brasileiro. 6 dos 20 clubes que disputam a Série A em 2025 possuem treinadores estrangeiros: Abel Ferreira (Palmeiras), Antônio Oliveira (Cuiabá), Luiz Zubeldia (São Paulo), Leonardo Jardim (Cruzeiro), Renato Paiva (Botafogo) e Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza).

Apesar de ser considerado um dos maiores treinadores do mundo e com forte apelo midiático, Carlo Ancelotti é natural de Reggiolo, na Itália, e pode sofrer um choque cultural junto aos torcedores brasileiros.

Para Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, que possui um dos técnicos estrangeiros mais cobiçados do País, o argentino Vojvoda, o momento nunca foi tão propício para poder se discutir, de fato, a presença de um treinador estrangeiro na seleção brasileira.

“O futebol de grande nível permite essa internacionalização. Os nossos principais jogadores atuam em clubes no exterior e o futebol brasileiro vive um momento de grande presença de técnicos estrangeiros, acho que o maior da história. Todos que estão no futebol identificaram esse movimento e por isso a discussão é válida e cabível. Podemos, sim, abrir as portas para o desenvolvimento do futebol brasileiro e buscar a volta do protagonismo a nível mundial”.

Para Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, a ideia de ter um técnico estrangeiro treinando a seleção mais famosa e mais vencedora da história das Copas é uma quebra de paradigma importante para o futebol nacional, mas será necessária adaptação ao ambiente e ao jeito brasileiro.

“Entender o peso da camisa é primordial para Ancelotti. Ainda que cultura do Brasil como país é de receber bem estrangeiros no geral e até celebra ídolos de outras nacionalidades como é o caso de Lewis Hamilton. Mas, em se tratando de uma posição de tamanha reponsabilidade, a escolha da equipe técnica, uma dose de carisma, simpatia e busca de conexão com os hábitos locais farão muito bem a rápida adaptação”, explica.

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, entende que os dirigentes brasileiros foram gradualmente se profissionalizando e buscando alternativas fora do país, e com o esperado e verificado sucesso dos treinadores estrangeiros no País, existe um clamor e uma aceitação maior.

“Nosso campeonato já não é mundialmente relevante, econômica e tecnicamente, faz pelo menos duas décadas. Os mais qualificados o deixam cada vez mais cedo, e muitos sequer chegam a disputá-lo. Uma seleção protagonista precisa ter em todo o seu entorno pessoas que convivem e enfrentam os protagonistas em âmbito mundial”, argumenta.

Ao longo da história, três treinadores estrangeiros já comandaram o Brasil: Ramón Platero, Joreca e Filpo Núñez. Platero, de origem uruguaia, foi o primeiro durante o Sul-Americano de 1925. Já Jorges Gomes de Lima, conhecido como Joreca, era natural de Portugal e dirigiu a seleção em apenas dois jogos, dividindo o posto com Flávio Costa, em 1944.

O último foi justamente um palmeirense - assim como Abel Ferreira. Filpo Núñez, argentino, e que depois veio a se naturalizar brasileiro, foi o técnico da seleção em 1965, mas numa situação atípica: a CBD, então CBF da época, indicou o time inteiro do Palmeiras, considerado o melhor do País, para representar o Brasil no festival de abertura do estádio do Mineirão. Na ocasião, venceu o Uruguai por 3 a 0, com gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano.

“Carlo Ancelotti possui a imagem de um técnico multicampeão, é um vencedor na carreira. É fundamental que ele leia, estude bastante sobre a cultura e características do povo brasileiro. As chances de se comunicar de forma efetiva e ganhar a aceitação dos torcedores aumentará bem”, afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.

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