Escola Monteiro oferece experiências inovadoras, tradição e qualidade no ES
Há mais de 50 anos, a Escola Monteiro tem como premissa oferecer uma formação sustentada por valores como a humanização
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O mundo da geração que hoje está na escola não é mais o mesmo mundo em que viveram seus pais. A velocidade das mudanças surpreende, transforma relações, cria novas formas de ensinar e aprender. Exige profissionais com competências e habilidades que vão além do conhecimento técnico na área escolhida como carreira.
Fórum Econômico Mundial, profissionais da área de Recursos Humanos e pesquisas focadas nas demandas do mercado de trabalho são unânimes em apontar que atributos comportamentais e emocionais impactam o sucesso do profissional dos novos tempos.
O relatório Global Trends Report, feito pelo Linkedin, revela que as habilidades interpessoais, também conhecidas como “soft skills”, já são consideradas tão ou mais importantes que as demais (hard skills) por 92% dos recrutadores.
Ainda segundo o estudo, 89% das contratações que não foram bem-sucedidas estão, segundo os entrevistados, relacionadas à ausência das características comportamentais e emocionais adequadas.
Surge uma nova demanda de formação que, para especialistas, pode começar cada vez mais cedo para que o processo seja natural e tranquilo. “Se quer estimular valores de empatia, respeito ao outro, trabalho em equipe, capacidade de escuta, sensibilidade, persistência, organização e disciplina, é preciso olhar o indivíduo de forma mais ampla, em sua totalidade, nas dimensões emocionais, cognitivas, culturais, sociais”, diz Penha Tótola, diretora pedagógica da Escola Monteiro.
Criada há mais de 50 anos, muito antes dessa discussão ganhar o mercado de trabalho, a Escola Monteiro já tinha como premissa oferecer uma formação sustentada por valores como a humanização.
“Nascemos como uma escolinha de artes e, logo depois, nos tornamos uma escola regular, preservando a essência de formar indivíduos plurais como todos somos”, conta Penha, que está há mais de 30 anos na Monteiro, acompanhando de perto e agora dando continuidade ao trabalho das sócias Ana Rita Costa Gomes e Marielena Dadalto.
Hoje, o dia a dia da escola é repleto de experiências inovadoras que permitem a transmissão do conhecimento formal, seguindo as bases curriculares para cada série, sem abrir mão do estímulo ao desenvolvimento das demais competências e habilidades.
A parceria com a família, para Penha, é outro facilitador desse processo. “A escola tem atribuições diferentes da função familiar, é claro, mas, se esses dois agentes do processo de formação forem aliados, melhor para a criança e para o adolescente, melhor para todos”.
Autonomia, criatividade e capacidade na formação
Na Escola Monteiro há todo um trabalho realizado para criar um ambiente de afetividade, que favoreça a formação do ser humano enquanto sujeito autônomo, criativo, protagonista, capaz de trabalhar em grupo e de lidar com as diferenças.
Um exemplo é o projeto Agentes do Bem, criado para estimular a convivência saudável, o companheirismo e o diálogo entre alunos do início do ensino fundamental.
A ideia surgiu na assembleia que é realizada regularmente em todas as turmas da escola. Depois da discussão em grupo, a turma colocou a mão na massa e confeccionou bottons para os “Agentes do Bem” no Espaço Maker da escola.
Outro trabalho desenvolve o processo de autoconhecimento. Um clássico da literatura infantil, “Novas duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz”, de Ruth Rocha”, é uma das obras utilizadas pelo 2º ano do ensino fundamental.
Além de incentivar a leitura e trabalhar a linguagem, o projeto literário também permite levar em conta a saúde emocional e o bem-estar dos alunos: eles transferem a proposta do livro para o ambiente escolar, apontando o que traz felicidade no dia a dia da escola.
Estímulos às habilidades, na prática
Criatividade e inovação
Ser criativo, inovador, encontrar soluções que vão além do óbvio para os problemas... Atributos que farão a diferença seja qual for a profissão escolhida. Na Monteiro, os alunos são sempre estimulados a colocar a teoria em prática por meio de projetos desenvolvidos ao longo de todo o ano letivo, a criar soluções no Espaço Maker, ambiente que permite materializar a cultura “mão na massa”, a produzir apresentações “vivas” e interativas para a Feira Integrada, que acontece no final do ano, estimulando a criatividade, autonomia e a inovação.
Capacidade de ouvir e se expressar
Eles se sentam no chão, em círculo, e têm a oportunidade de comentar, elogiar, fazer críticas e reivindicar. A experiência das assembleias é quinzenal e envolve todas as turmas do 1º ano do ensino fundamental até a 3º série do ensino médio da Escola Monteiro. Alunos que, a partir dos 6 anos, já vivem a experiência de pensar o espaço escolar, ouvir, falar, se posicionar, num exercício que levarão para a vida. Iniciativa do Projeto Bem-Estar, criado na Escola Monteiro inspirado em experiências bem-sucedidas de escolas finlandesas, as assembleias escolares têm o formato de rodas de conversa.
Saber trabalhar em equipe
Trabalhar em grupo é uma vivência cotidiana na Escola Monteiro. Do projeto da Feira Integrada que mobiliza toda a turma a trabalhos menores relacionados ao dia a dia, as propostas têm como objetivo estimular o construir juntos, ouvindo e crescendo a partir da experiência de se relacionar. As Olimpíadas, projeto realizado todos os anos na escola, envolvendo atividades esportivas, também funcionam como “lugar” de aprendizado sobre a importância da equipe, a valorização de potencialidades e o respeito às diferenças.
Disciplina e comprometimento
Saber cumprir regras e comprometer-se com o grupo são habilidades importantes que podem ser trabalhadas desde cedo. E engana-se quem pensa que a imposição, curta e grossa, é o melhor caminho.
Na Escola Monteiro, Penha Tótola explica que as regras existem e, em geral, são cumpridas com comprometimento e maturidade pelos alunos. “Neste caso, faz muita diferença uma prática desenvolvida em sala de aula nos primeiros anos do ensino fundamental para criar os “combinados”. Os alunos participam da discussão e da construção de uma espécie de cartaz com normas de boa convivência, respeito e estudo. A experiência mostra que, ao se sentir parte do processo, a criança tende a respeitar melhor o que foi estabelecido e ainda cobra do colega o cumprimento dos acordos em prol do coletivo”.
Foco, concentração e equilíbrio
Oferecer aulas de ioga, dentro da grade curricular de todas as séries, é outro diferencial da Escola Monteiro, que repercute no autoconhecimento, mas também na concentração, no equilíbrio e no foco. “A prática de ioga trabalha a questão do físico, do autocuidado, mas também favorece a flexibilidade enquanto habilidade de se adaptar às circunstâncias, de se colocar diante do não previsto, além de contribuir no controle da ansiedade, na identificação das emoções e no bem-estar”, ressalta Penha Tótola.
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