Aprendizagem após a pandemia por Geovana
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Há mais de seis meses tendo aulas remotas e, agora, com a retomada das atividades presenciais nas escolas, muitos pais temem que seus filhos tenham dificuldades de aprendizagem. A dúvida é quando essa dificuldade precisa ou não de ajuda.
A neuropsicopedagoga clínica Geovana Mascarenhas explica que, antes de tudo, os responsáveis devem fazer um replanejamento para a volta presencial das atividades escolares.
Ela destaca que é importante que todos tenham garantidos os direitos de aprendizagem e de desenvolvimento presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“Será necessário avaliar o desenvolvimento das crianças após o contexto remoto, com diálogo e interações que valorizam a linguagem oral e expressiva. Neste caso, manter e aprimorar a comunicação com as famílias para fazer essa transição da casa e escola é fundamental, principalmente nos casos em que o vírus afetou diretamente um familiar”, aponta.
De acordo com a especialista, essa avaliação pode ser feita por um neuropsicopedagogo.
“Esse profissional detém o conhecimento necessário para colaborar de maneira categórica nesse processo de transformação. Ele tem ciência que quem ensina, ensina a alguém, fato esse de vital importância, pensando nesse indivíduo de maneira particular”.
Geovana ressalta que o neuropsicopedagogo é responsável por detectar as lacunas existentes na aprendizagem e desenvolver atividades que criem momentos propícios, estimulando a aquisição de funções cognitivas que, segundo ela, são pré-requisitos para as aprendizagens escolares.
“Procuramos entender como se dá a aprendizagem da criança, como fazer para ela aprender mais e melhor, e o que deve ser prioridade para que alcancem autonomia e qualidade de vida escolar”.
Para a neuropsicopedagoga, propiciar um ano letivo que priorize o aprendizado diante do atual cenário, exigirá dos pais, profissionais e instituições um olhar acerca dos processos motores, cognitivos e comportamentais.
Saiba mais
Sinais
>Atraso no desenvolvimento global; aquisição lenta do vocabulário; desorganização geral na folha (orientação espacial); baixo rendimento escolar; falta de interesse nos estudos; dificuldade raciocínio lógico.
>E ainda, falta de atenção e concentração; dificuldade para interpretar o que lê são alguns dos sinais da dificuldade de aprendizagem, sendo importante que os responsáveis procurem ajuda de um neuropsicopedagogo.
Avaliação
>Será necessário avaliar o desenvolvimento das crianças, com diálogo e interações que valorizam a linguagem oral e expressiva.
>O neuropsicopedagogo é responsável por detectar as lacunas existentes na aprendizagem e desenvolver atividades que criem momentos propícios, estimulando a aquisição de funções cognitivas.
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