Mais de 25 bilhões em benefícios
Esse foi o montante gerado pelo Sicredi em benefícios econômicos para associados em 2024, confirmando o papel do cooperativismo
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Em uma realidade em que o brasileiro busca alternativas econômicas mais sustentáveis para sua vida financeira, o modelo de negócio do cooperativismo de crédito tem se destacado ao apresentar impactos concretos para milhões de brasileiros.
É o que aponta o Índice de Benefício Econômico do Sicredi (BES), um levantamento recente do Sicredi.
Conforme o estudo, somente em 2024, os associados da primeira cooperativa financeira do Brasil receberam um total de R$ 25,5 bilhões em benefícios econômicos — o que equivale a uma economia média de R$ 2.931,17 por pessoa.
O BES segue uma metodologia do Banco Central e avalia o retorno gerado pelas cooperativas aos seus membros com base em três pilares centrais: condições mais vantajosas para crédito, investimentos financeiros e a distribuição dos resultados obtidos.
“Diante de uma realidade em que muitos ainda enfrentam barreiras no acesso ao sistema financeiro tradicional, o valor repassado aos associados em 2024 não é apenas um número — é um indicativo claro de um modelo econômico mais inclusivo, democrático e eficiente, capaz de promover prosperidade, além de fomentar a geração de emprego e renda.
No Espírito Santo, são mais de 120 mil associados que confiam no cooperativismo de crédito como protagonista do desenvolvimento”, afirma o presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port.

Os R$ 25,5 bilhões em benefícios representam um avanço de 8,5% em comparação com o ano anterior, reforçando uma trajetória de crescimento constante — foram R$ 20,8 bilhões em 2022 e R$ 23,5 bilhões em 2023.
Atualmente, o Sicredi está presente em mais de 50 municípios capixabas com mais de 60 pontos de atendimento, o que representa uma cobertura de cerca de 70% território do Espírito Santo.
“Desde 2021, quando chegamos no Estado, em Colatina, temos a certeza do nosso papel enquanto instituição agente do crescimento econômico e social da sociedade,” conclui Port.
Desafios e conquistas que desenham o agronegócio

Ormindo Francisco Nandorf nasceu na agricultura. Desde seu bisavô Francesco, a família produz café, em Santa Teresa, primeira colônia italiana do Brasil e região de atuação da Sicredi Aliança RS/SC/ES.
Perdeu o pai com 14 anos de idade e teve, por ser o filho mais velho, que assumir a criação de seus irmãos e a produção agrícola. Ao longo dos anos, fez tentativa de prosperar com algumas lavouras, como goiaba, palmito, cafés conilon e arábica e uva. Dessas, a banana e o café sustentam a propriedade até hoje.
“Há pouco mais de 10 anos, por incentivo de um concurso local, comecei a produzir cafés especiais. Fui um dos precursores na cidade e levei vários produtores a também se interessarem pelo tema. Mas já pensei em desistir porque é uma cultura com altos e baixos, por causa da diferença entre uma saca de café especial e um café de volume”, explica.

Entendendo o poder de cooperar, Ormindo foi um dos primeiros associados da cooperativa do segmento agro. Como um dos diretores da Associações de Cafés Especiais de Santa Teresa, a Acest, lidera, articula e fortalece uma rede de produtores que acreditam na força do coletivo, na sustentabilidade e na inovação.
Em sua jornada com café especiais, entendeu a importância da sustentabilidade e por algumas ações, conseguiu reverter nascentes de água em sua propriedade e levar crescimento financeiro e social para sua família e região.
Hoje, a marca Café Nandorf entrega dois tipos de cafés especiais (arábica e conilon) direto ao consumidor no Brasil e no exterior.
“Já ganhei vários prêmios e homenagens, como o melhor conilon e melhor arábica de Santa Teresa em 2024, melhor café conilon do ES em 2024 e o Prêmio Nacional de Agricultura Sustentável em 2023”, comemora.
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