Cooperativas ajudam a construir um mundo melhor
Pautado por princípios e valores humanos, cooperativismo é reconhecido por promover soluções sustentáveis e inclusivas
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Negócios que, em vez de colocarem o lucro em primeiro lugar, colocam as pessoas no centro de todas as decisões. Empreendimentos que conseguem aliar o crescimento econômico à geração de oportunidades e bem-estar social. Uma forma de organização que busca resultados coletivos, sem deixar ninguém para trás.
Todas essas características, que em um primeiro momento podem parecer impossíveis de existir, já são uma realidade no cooperativismo. Pautado em princípios e valores humanos, esse modelo de negócio tem ganhado cada vez mais reconhecimento por promover o desenvolvimento das comunidades como um todo.
As cooperativas são empreendimentos colaborativos formados pela união de pessoas que têm um objetivo em comum, como a comercialização de produtos ou serviços. Ao se unirem, os seus membros ganham em escala, conquistando mais força para competir no mercado e melhores formas de negociação de insumos e da própria produção.
Um dos grandes diferenciais dessa forma de organização é o protagonismo dos cooperados. Muito mais do que clientes ou fornecedores, eles são donos do negócio, tendo direito à participação nas decisões e nos resultados. Essa característica promove uma distribuição mais justa da riqueza.
Economia
As cooperativas também geram emprego e renda nas comunidades onde estão instaladas, fortalecendo a economia local e contribuindo para o seu desenvolvimento. Além disso, elas reinvestem parte dos seus resultados na comunidade, inclusive em ações de responsabilidade socioambiental, o que é benéfico para todos.
Para Pedro Scarpi Melhorim, presidente do Sistema OCB/ES (organização que representa as cooperativas capixabas), o cooperativismo já é considerado o modelo de negócio do futuro. Segundo ele, a atuação das cooperativas mostra que elas estão conectadas com os desafios do presente e trazem soluções reais.
“O cooperativismo readequa a lógica do mercado, colocando mais humanidade no mundo dos negócios. Para nós, números altos só são significativos se eles se traduzirem, também, em impacto positivo na vida das pessoas. Nisso o cooperativismo dá aula, pois consegue gerar resultados e transformação reais”, explica a liderança.
SAIBA MAIS
Números do Cooperativismo
Cooperativismo no Mundo
- 3 milhões de cooperativas
- US$ 2,4 trilhões de faturamento
- 1 bilhão de cooperados
- 280 milhões de empregos gerados
Cooperativismo no Brasil
- 4.500 cooperativas
- R$ 692 bilhões em ingressos
- 23,45 milhões de cooperados
- 550.600 de empregos gerados
Cooperativismo no Espírito Santo*
- 114 cooperativas
- 974 mil cooperados
- 11.800 empregos gerados
- R$ 14,8 bilhões de movimentação econômica
- 1,9 milhão de capixabas envolvidas
- 6,4% do PIB nominal do estado
Fonte: Anuário do Cooperativismo Capixaba 2024 e Relatório de Gestão do Sistema OCB/ES 2024 *Obs: Dados parciais de 31/12/2024
Organização das Nações Unidas reconhece trabalho
O trabalho desenvolvido pelas cooperativas é celebrado anualmente no primeiro sábado de julho, conhecido como o Dia Internacional do Cooperativismo. Neste ano, entretanto, a comemoração ganhou ainda mais visibilidade após a Organização das Nações Unidas declarar 2025 como o “Ano Internacional das Cooperativas”.

Esta é a segunda vez que o modelo de negócio cooperativista tem esse destaque. A primeira foi em 2012, quando as cooperativas também ganharam um ano dedicado a elas por terem uma atuação que contribui com a construção de um mundo melhor para todos.
Para 2025, a decisão levou em consideração a conexão que as cooperativas têm com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, um conjunto de metas estabelecidas para a Agenda 2030 (plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade).
“Essa é uma conquista muito importante porque evidencia e reforça os nossos diferenciais e a nossa participação na construção do futuro que todos queremos. Muito além de um dia ou um ano, devemos celebrar o cooperativismo a todo momento”, completou o diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira.

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