“O amor-próprio é transformador e deve ser exemplo”, afirma a atriz Gottscha
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Sete misses plus size esbanjando sensualidade. Verdadeiras divas! Para o primeiro clipe de seu EP, a atriz e cantora Gottscha escolheu celebrar a beleza de quem se ama e chamou suas “afilhadas” poderosas.
“A ideia veio do convite para ser madrinha do Miss Plus Size Brasil 2022. Quando vi as participantes, a autoestima, beleza e segurança delas, pensei, é isso que quero expor no clipe: o amor-próprio que é transformador e deve servir de exemplo para todos nós. Somos uma única raça linda chamada humana”, diz ela.
Para Gottscha, bonito mesmo é respeitar o outro. “Ainda sofremos muito e, na minha cabeça, é inconcebível qualquer tipo de preconceito, não só o gordofóbico, como racial, sexual, xenofóbico, ou seja lá qual for. Fui educada para tratar todos igualmente, com respeito e amor, e só vejo beleza em quem pensa assim”, salienta.
A canção do clipe é “Hopelessly Devoted to You”, do filme “Nos Tempos da Brilhantina”. Ainda no EP “Divas”, a carioca de 51 anos divide os vocais com Miguel Falabella em “Don´t Go Breaking My Heart”. “Convidei o Miguel na maior cara de pau e sem a menor expectativa, já que ele não é um cantor de música pop. Qual não foi minha surpresa quando ele aceitou!?”, revela.
Enquanto vive uma das maiores vilãs dos contos de fadas, a Madrasta do musical da Broadway “Cinderella” em São Paulo, Gottscha pode ser vista também na pele de Madame Ferguson, na reexibição de “Ti Ti Ti”.
Ao AT2, ela confessou que adoraria revelar-se completamente para o público. “Depois da pandemia, aprendi que devemos viver dia a dia com muita fé e positividade, mas gostaria de participar de um reality e mostrar a Gottscha sem 'maquiagem'”, disse, sobre seus planos futuros.
Gottscha teve seu primeiro sucesso tocado nas rádios em 1994, “No One to Answer”, que deu nome ao seu primeiro álbum.
“Humor é fundamental. Sou muito brincalhona comigo”
Quando você descobriu o dom pela música?
Gottscha Minha mãe conta que, antes de falar, eu assobiei. Então, creio que nasci com o dom da música.
O que veio antes: a música ou a arte de interpretar?
A música sempre esteve em mim, mas sempre quis ser atriz. Confesso que tenho mais facilidade com o canto, sou autodidata.
Com quem você ainda gostaria de contracenar? E quem é sua maior referência nas artes?
Seria um sonho contracenar com Fernanda Montenegro, a maior atriz e mais íntegra desse país, sou fã ardorosa. E tenho Bibi Ferreira como uma aula do que é ser uma artista.
Qual a personagem que mais se identificou com você?
Acho que foi a única que existiu e que precisei estudar muito para fazer, Ethel Merman (do musical “Cole Porter, Ele Nunca Disse que me Amava”). Ela era considerada a maior voz da Broadway e tinha um temperamento histriônico. Não digo nem pela voz, mas sim pelo temperamento. (Risos)
É considerada “rainha da disco”, pelo seu jeito irreverente em seus shows. Quais são os critérios para a escolha dos figurinos e das músicas?
Fui influenciada pela disco music e todo o movimento dos anos 1970 através dos meus pais. Portanto, carrego até hoje tudo o que ouvia em casa. Essas músicas me trazem uma plenitude, uma alegria, as melhores energias. E isso me inspira em meus shows e visuais.
Seu novo EP é composto de músicas internacionais. Você ainda pensa em fazer um de músicas brasileiras?
Como escutei desde criança músicas internacionais, fiquei influenciada por isso. Tenho facilidade com línguas e a sonoridade do inglês me é muito familiar. Então, todo meu trabalho foi calcado nisso. Mas já regravei uma música do Secos e Molhados, “Fala”, que foi tema da novela “Ti Ti Ti” e está inclusive nas plataformas digitais. Acho que em breve teremos músicas nacionais sim!
É a Madrasta no musical “Cinderella”. Como surgiu este convite? E qual a sensação de subir ao palco depois de meses de pandemia?
Recebi o convite da produtora Renata Borges Pimenta, mas jurando que seria para fazer a Fada, pois nunca fizera uma vilã, então a emoção é redobrada, pois os desafios são enormes, mas o prazer é ainda maior.
Durante a pandemia, você se reinventou? O que você fez para inovar?
Não soube me reinventar, porque só sei fazer arte, mas fiz algumas lives que me trouxeram muitas alegrias e novos amigos.
Está na novela “Duas Caras”, no GloboPlay. Quais as boas lembranças você guarda dessa época? Ainda tem contato com alguém do elenco?
“Duas Caras” foi uma surpresa na época, pois entrei no meio do processo por um problema de censura e fui felicíssima. Encontrei um elenco azeitado, mas que me recebeu de braços abertos, me apaixonei por tudo e todos e sou muito fã e amiga do Wilson de Santos que fez meu marido. Núcleo superdivertido que todos deveriam rever, pois as gargalhadas são garantidas.
A Gottscha tem algum segredo de beleza para revelar? Algum truque?
Beleza é amar ao próximo como a si mesmo, ter caráter e dignidade nas nossas ações.
Como você cuida da saúde e do bem-estar diariamente?
Humor é fundamental. Sou muito brincalhona comigo mesma. Isso me faz bem e mantém minha saúde mental em dia.
Quais são seus planos para um futuro próximo?
Depois da pandemia, aprendi que devemos viver dia a dia com muita fé e positividade, mas gostaria de participar de um reality e mostrar a Gottscha sem “maquiagem”.
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