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Entretenimento

Mergulho em emoções de Joana Bentes


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Um álbum que está carregado de afeto. Assim a cantora e compositora capixaba Joana Bentes, 32, define “A Gota do Mar Contém o Oceano Inteiro”.

“É um trabalho muito afetuoso. Não só com o outro, mas consigo”, reflete. “Afinal, é pelo afeto que a gente se conecta”, afirma ela, sobre o 1º disco completo da carreira.

Composto por oito faixas, o trabalho alterna momentos íntimos e autobiográficos. As letras também debatem temas relacionados a existência humana, aceitação, vulnerabilidade e relacionamentos.

Imagem ilustrativa da imagem Mergulho em emoções de Joana Bentes
Joana define seu primeiro álbum: “É uma espécie de dança de si com o outro e com o mundo” |  Foto: Divulgação/Quéli Unfer



Um desses exemplos está em “Todo Dia”. Produzida ao lado do músico e produtor Davidson Soares, conhecido como Barulhista, a faixa é um R&B pra lá de sensual.

“A letra traz esse sofrimento do amor impossível, da paixão, do encontro 'explosivo'. Por isso tem uma atmosfera sensual, mas que, se examinar bem, tem uma dorzinha ali no fundo”, conta a cantora.

Esses e outros temas se apresentam em roupagens diferentes das que estão no EP “Entre”, lançado em 2016 pela capixaba radicada em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Há, além do R&B, música brasileira, pop e até rock alternativo, como “Ventania”, a sexta faixa.

“O 'Entre' puxa para um lado da MPB, ou a nova MPB. Já 'A Gota do Mar Contém o Oceano Inteiro' abre mais o leque. Não há um gênero musical específico”, analisa ela, que compôs 6 das 8 faixas do, como ela brinca, seu “primeiro filho”.

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Um das releituras é a reflexiva “Pra Ver a Voz”. A composição de Flávio Tris ganhou um toque especial com os floreios do baixista Rafael de Sousa, parceiro musical de Joana desde que vivia em Brasília.

Outra é “Preciso Aprender a Só Ser”, composição de Gilberto Gil. “Quis tirá-la um pouco do universo voz e violão, de uma coisa até mais introspectiva, e trazer para uma perspectiva de esperança”, diz ela, que gravou todo o álbum em casa durante a pandemia.

Em meio a esse contexto de crise sanitária, Joana acredita que o álbum carregue muito mais que um quebra-cabeças de emoções.

Ao seu ver, as novas canções instigam uma outra reflexão: a de que o ser humano faz parte de um todo e possui o todo dentro de si, assim como indica o título do disco.

“É uma espécie de dança de si com o outro e com o mundo. E isso tudo traduz bastante do que veio a ser o disco”, pondera a artista.

“Vou fazer uma live como se fosse um chá da tarde”

AT2: Lançou o álbum há pouco mais de duas semanas. O que tem te deixado mais feliz sobre os retornos recebidos?
Joana Bentes: É difícil resumir numa coisinha só. Acho que, a princípio, é a questão da identificação das pessoas com esse trabalho. Acho que, quando a gente coloca um filho no mundo, eu chamo o álbum de filho, é como existisse uma validação. Algo como: “Você está no caminho certo, é isso aí!”.

O sucesso é exatamente isso: mais do que número, mais do que uma coisa quantitativa, que está tão em voga. A parte mais importante é a conexão com as pessoas.

AT2: É como sentir que faz algo que toca o público?
Joana Bentes: Acho que sim. Existe, talvez, uma parte romantizada do que é o trabalho artístico. Mas existe uma parte de uma compreensão do que é a arte.

Se você se descobre como uma pessoa que precisa da arte como forma de expressão de si, isso traz uma série de responsabilidades. Mas de uma responsabilidade mais direta de conexão. Porque a música tem essa característica de levar a pessoa para momentos da vida e situações que ela já viveu.

AT2: Como foi essa sua descoberta de que precisava da arte para expressar quem você era?
Joana Bentes: Isso vem de uma educação muito privilegiada. Eu me lembro de ser estimulada desde cedo a qualquer tipo de expressão artística. A minha mãe é artista plástica e meu pai é engenheiro e músico.

Aí, na hora de escolher a faculdade, optei por Artes Plásticas. Decidi pegar esse caminho com a esperança de me encontrar lá na frente. E não deu outra. Depois de formar, eu resolvi encarar a música como um trabalho. Mas se expressar pela arte é uma questão de sobrevivência. Até cantar vem num movimento de me colocar no mundo.

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AT2:  E como foi o processo de composição do novo trabalho?
Joana Bentes: Decidi fazer um disco e olhar para meu trabalho de uma forma mais ampla. Talvez, deste mergulho, tenha tirado uma das canções. E fiz adaptações, que foi “Ventania”.

As outras músicas, com exceção das versões, fiz no ano passado. Elas falam do isolamento social e de amores impossíveis, relações que são impossibilitadas pela distância ou só pela impossibilidade de acontecer.

AT2: Em “Todo Dia”, você canta “A cidade não cabia em mim”. Tem relação com ter vivido em Vitória, Brasília e agora em Belo Horizonte?
Joana Bentes: Tem sim. É impossível não ser impactada pelas coisas. Entrar em contato com as cenas de todos esses lugares me fez crescer muito. E viver de perto cada cena é uma forma de ampliar demais a sua rede de contatos e as possibilidades.

AT2: Como são seus retornos para Vitória?
 Joana Bentes:É sempre uma surpresa rever os lugares. É muito afeto, é minha história. A maior parte da minha vida foi em Vitória. Amo voltar. Amo praia. Amo sentir, de novo, os gostinhos, o cheiro da maresia.

Tudo faz parte da gente. E todos os lugares para onde a gente vai acabam se tornando mais uma pecinha do nosso quebra-cabeça, um quebra-cabeça que não tem fim.

AT2: O que vem pela frente?
Joana Bentes: A ideia é, pelo menos nos próximos dois meses, trabalhar o álbum. Tenho contado sobre ele, faixa a faixa, nas redes sociais. Também pode rolar mais um ou dois clipes, além de “Kintsugi”.

E, na sexta, vou fazer uma live como se fosse um chá da tarde, com o Rafael de Sousa e o Barulhista. Ainda não tem horário definido, mas é só ver nas redes sociais.

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