“Já passei por muitos cancelamentos”, afirma Bianca Andrade
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Falou mal de algum queridinho da internet? Está cancelada! Entrou em polêmica? Cancelada! Não defendeu suas amigas? Can-ce-la-da!!
Bianca Andrade, a Boca Rosa, sabe bem o que é isso. Muitas vezes, enfrentou o cancelamento de seguidores nas redes sociais.
“Não tem como você ler algumas coisas e não ficar triste. Nunca é legal quando a gente vê alguém falando mal da gente, especialmente quando não é uma verdade sobre você. Já passei por muitos cancelamentos”, diz ela, hoje aos risos.
É que a youtuber de 25 anos aprendeu a lidar com haters, cancelamentos e o que mais vem em sua direção.
“Isso me fez selecionar o que levo para o meu coração, a enxergar que, apesar de ter pessoas falando mal, tem outras milhões falando bem, que gostam de mim e me apoiam”, conta.
Na conversa com o AT2, a ex-BBB ainda explicou por que, ao contrário do que já passou, não cancela ninguém.
“O cancelamento não abre espaço para diálogo e não tem nada pior do que não ouvir outro. É, de fato, uma exclusão. Precisamos ouvir as pessoas, ensinar, porque ninguém nasce sabendo tudo. A troca é fundamental e é isso que falta”, defende ela.
“Já vacilei várias vezes, mas é assim que se aprende”
AT2 Você é muito bem-humorada, ri de si mesma. Isso aproxima as pessoas de você?
Bianca Andrade Eu sou o tipo de pessoa que faço piada com meus próprios problemas e perrengues. No geral, estou sempre brincando muito com o público e com as pessoas que estão ao meu redor, então acredito que sim. Hoje, mostro tudo, falo de tudo, tenho um papo muito aberto com o meu público, sabe? Acho que isso, de fato, aproxima mais a gente.
Mas nem sempre fui assim na internet. Acho que fui me encontrando aos poucos, amadurecendo e hoje me sinto mais leve e livre para ser quem eu realmente sou.
Todos comentam sobre o seu lado marqueteiro.
Muita gente brinca sobre isso, mas a verdade é que tem muito trabalho, muita estratégia e muito amor por trás de todos os projetos. Acho que isso tem a ver com o processo criativo, que é a faceta que eu mais gosto de explorar.
Na sequência, vem o meu fandom, que é muito parceiro e brincalhão em relação a tudo o que eu lanço. Esses abraçam minhas ideias meeeesmo, viralizam, criam meme, fazem campanha… A soma disso funciona, viu? (Risos) E eu sou muito grata por isso. Depois que aprendi a unir estes meus lados, então, ficou ainda mais fácil explorar isso.
Começou com um canal no YouTube. Imaginou que chegaria tão longe? Qual é o segredo do seu sucesso?
Não imaginava, mas, desde novinha, sempre projetei ir muito além da minha realidade e acho que isso me deu muita força para construir cada etapa. E olha que ainda tem muito trabalho pela frente!
Não sei se existe um segredo, mas existe o fato de eu ser muito apaixonada pelo que faço. Isso é o maior impulso que alguém pode ter. Com isso, vem a vontade natural de evoluir, de explorar novos universos, como aconteceu com o fato de eu virar apresentadora.
Cada etapa exige uma nova versão de você, que também exige muito estudo e dedicação. Não é simples, mas ver tudo o que você projeta ganhar forma, não tem preço. Pode apostar!
Que dicas daria às meninas que se inspiram em você?
Sejam vocês, independente de qualquer coisa. A internet prega uma filosofia da perfeição que é inatingível. Então, às vezes, a gente se perde tentando se encaixar em algo que nos é imposto, um padrão. Se a gente cai nessa, a gente perde nossa autenticidade e liberdade, que é uma das coisas mais preciosas que podemos levar com a gente.
É bastante franca em seus vídeos. É um risco se expor tanto? Por que o assume?
É um risco, mas é quem eu sou. Como disse, essa perfeição da internet não é para mim. Eu prefiro lidar com a verdade. Eu erro, reflito no meu tempo, aprendo e sigo o baile.
Você parece ser confiante, bem-resolvida. Essa impressão está correta? Quando vacila?
Sou confiante, mas acho que todo mundo tem suas inseguranças. Eu tenho algumas, mas sempre tento acreditar na minha verdade, no meu trabalho e no meu potencial. Já vacilei várias vezes, mas é assim que se aprende mesmo.
O que acha mais admirável em si mesma? O que ainda precisa mudar ou aprender?
Perfeita, ninguém é. Mas admiro minha garra. Quando olho para trás e vejo de onde saí e tudo que construí, me dá muito orgulho. A mudança faz parte deste processo. Estou numa constante evolução, algo que sempre tento fazer é dar um jeito de me reinventar, isso me move.
Assumiu sua pansexualidade. Por quê?
Não foi bem assumir, eu sempre fui muito aberta e livre quanto a isso. Fora que foi um processo de descoberta também, que aconteceu naturalmente. Me perguntaram sobre minha sexualidade em uma entrevista e falei. Não foi nada pensado, pelo contrário.
O que Jennifer, seu lado “diaba”, fará quando o isolamento social acabar?
A Jennifer, com certeza, vai beber uns bons drinques na Augusta e encontrar os amigos por aí. (Risos)
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