“Ficou melhor do que imaginamos”, diz Diogo Melim sobre novo disco
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“Ficou melhor do que imaginamos”. Dessa forma, Diogo Melim provoca a legião de fãs da banda, ao se referir ao lançamento desta sexta-feira (15), à meia-noite, do segundo disco do trio gravado em estúdio e o terceiro da carreira, “Eu Feat.Você”.
“Temos sempre uma sensação especial quando materializamos algo que imaginamos: com os arranjos, sentimentos. É legal quando dar o 'play' expressa tudo isso em música. Dá arrepio. Traduzido em música, qualquer pessoa pode ouvir aquele sentimento, aquelas emoções que estavam no mundo das ideias”, salienta, ao AT2, o vocalista e irmão de Rodrigo, 27, e Gabriela, 25 anos.
E, em clima de lançamento, nesta sexta-feira (15), às 22h45, os três farão sua segunda live, com transmissão pelo YouTube e pela Band. “Reservamos algumas surpresas. Posso adiantar que vamos dar alguns 'spoilers' sobre as outras músicas do álbum”, adianta Diogo. O disco será lançado em duas partes: oito músicas nesta sexta-feira (sendo sete inéditas e “Gelo” ) e o restante ainda sem data programada.
As inéditas são: “Eu Feat. Você”, “Cabelo de Anjo”, “Relax”, “Cantando Eu Vou”, “Menina de Rua”, “Quem me Viu” e “Pega a Visão”.
O “Eu Feat.Você”, que tem canções românticas e mais agitadas, foi gravado no badalado Capitol Studio, em Los Angeles (EUA). Os irmãos Melim passaram os primeiros meses de 2020 por lá.
Foi uma imersão nesse projeto dos sonhos? “É bem por aí. Música é ligada à emoção. O que sente no seu coração é passado... Confio muito mais no processo do que numa matemática de como deveria ficar. Todos os dias, quando acordo, anoto uma ideia. Pode ser que não sirva para nada, mas gosto dessa desconstrução”, frisa Diego.
“Sua cabeça pensa por outro caminho. Sabe quando tentamos escovar os dentes com a mão invertida? É isso, outro tipo de desafio. Foi um processo inspirador para todos: um mês de produção e outro de pós-produção. Mas a composição começou na turnê do primeiro disco. É sempre assim. Já comecei a compor para o próximo”, comenta, aos risos.
Diogo Melim | Músico “Imensidão está em coisas simples”
AT2: O lançamento de sexta-feira (15) será de parte do disco?
Diogo Melim: Sim. O álbum será lançado em partes. Serão 7 inéditas, mais “Gelo”. E, na live, faremos surpresas para os fãs. Aguardem.
A canção “Cabelo de Anjo” tem participação de Lulu Santos, o Rei do Pop Nacional. Como foi o encontro de gerações?
Engraçado... Gabi e eu moramos juntos e estávamos conversando exatamente sobre esse encontro de gerações. Para mim, o Lulu cantar essa canção é uma homenagem à minha filha, a Mel, de 3 anos.
E o fato de ele estar cantando nossa canção, um ícone do nosso pop, dá uma sensação de como se ele fosse o pai e eu, o filho. Um encontro de gerações da música! Isso é legal: de pai para filho. Não querendo ser pretensioso, o pai do pop para os filhos do pop.
Outra participação é do Rael, um bis, na verdade.
É muito incrível o trabalho dele! O Rael é um artista que consegue ser tão evoluído em todas as frentes. Como se comunica! Tem visão ampla sobre tudo o que acontece, sem perder a parte romântica.
Em pouco tempo, a banda virou referência pop. Desejam para vocês a “imensidão”, como escreveram no Instagram?
(Risos) Consigo ver a imensidão de duas formas importantes. Por um lado, relacionada com o mesmo sentimento de quando coloquei o fone de ouvido para escutar o resultado desse trabalho. Uma grandiosidade nacional, internacional. Por outro, a imensidão minimalista. Sobre o quanto uma vida simples pode ser imensa. Hoje vejo o quanto é intenso viver os momentos. A imensidão está em coisas simples.
Qual é a cara da Melim?
A preocupação sobre se vão gostar do que fazemos sempre teve. Se as pessoas vão entender o som. Mas essa identidade só se encontra caminhando. É o processo de amadurecimento.
Você é gêmeo do Rodrigo e irmão da Gabi. Mas tem ainda dois irmãos mais velhos. Essa harmonia sempre existiu?
Casa cheia mesmo! Admiro muito a forma com a qual minha mãe nos criou: pé no chão, com liberdade. Nunca fomos reprimidos. Nossa conexão é natural.
Como tem encarado tudo o que estamos passando?
Atualmente, troco a palavra difíceis por desafiadoras. Não acredito em castigo. Não há nada de propósito. Ao mesmo tempo, acho que estão nos dando a oportunidade de amadurecer. A dor, não o sofrimento, nos dá oportunidade de sermos melhores. O que resta a fazer é aproveitar para aprender. Ler um livro. Fazer planejamentos. Meditar. Entender seus propósitos, pensamentos. Tudo vem de dentro.
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