“Conselho de meus pais é seguir a minha verdade”, afirma Felipe Ricca
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Desde pequeno, Felipe Ricca acompanhou de perto a rotina de estrelas da TV, mesmo não aparecendo nas telinhas. Isso porque o carioca de 20 anos é filho da atriz Adriana Esteves, 50, com o ator Marco Ricca, 57.
Fortemente influenciado pelos pais, ele também trilha seu caminho ao estrelato, mas na música. O jovem forma, ao lado de Rodrigo Silvestrini, o duo Cai Sahra, e revela, ao AT2, que recebe muitos conselhos dos veteranos para se dar bem na carreira.

“Conversamos muito sobre o assunto, inclusive, gosto muito da área, não só da parte musical. O maior conselho de meus pais é sempre seguir minha verdade, fazer aquilo que acredito, da forma que acredito. Cada vez mais, venho escutando isso deles”, conta.
Aliás, Adriana e Marco sempre apoiaram a vontade do filho de brilhar nos palcos. “A música é minha paixão. Sempre trabalhei com seriedade e acho que isso incentivou meus pais a acreditarem no meu trabalho”.
Com o Cai Sahra, Felipe emplacou a música “Eu Sei” na trilha de “A Dona do Pedaço” e “Meu Bem” em “Salve-se Quem Puder”. Em julho, lançou “Melhor Ficar”.]
Além de continuar produzindo, o carioca passa o período de isolamento gravando vídeos ao lado da mãe para o TikTok. Juntos, chegaram a recriar famosa cena da vilã Carminha, vivida por Adriana em “Avenida Brasil”.
“Nossa família é muito discreta, mas utilizei o aplicativo como uma forma de diversão dentro de casa e a gente se diverte muito! Até estou com outros vídeos, e nem postei porque fiquei surpreso com a repercussão. Quem sabe não solto algum dia?”.
O QUE ELE DIZ
Colégio
O Cai Sahra, duo formado por Felipe Ricca e Rodrigo Silvestrini, filho do diretor Paulo Silvestrini, nasceu quando ambos ainda estavam no colégio.
“Sempre tive vontade de cantar, sempre cantei no chuveiro. Certo dia, entrei em contato com o Rodrigo, sabia que ele produzia e, de certa forma, me convidei para ir à casa dele gravar uns sons, mesmo não sendo íntimo. O negócio foi fluindo e nossa amizade aconteceu junto com o Cai Sahra”, lembra o carioca.
Mistura
Para o jovem artista, o projeto é uma mistura de influências dos dois integrantes. “O Rodrigo, pelo fato de produzir muito, acaba tendo muitas referências de produção de trap, rap até coisas mais voltadas para o blues. Já eu venho mais de uma referência que mistura um love song acústico com rap, boom bap e R&B”.
“Melhor Ficar”
Por conta da quarentena, o novo single “Melhor Ficar” foi produzido a distância, com cada integrante na sua casa. “Não foi fácil. Produzir em contato direto tem muito mais troca, é mais rápido, mas foi um aprendizado. Saímos mais amadurecidos de um processo como esse”, diz.
Desilusões amorosas
A nova música fala sobre uma decepção amorosa, e um dos versos foi escrito quando eles ainda estavam na adolescência. “Em todo momento da nossa vida, estamos sujeitos a desilusões amorosas e isso dá, de certa forma, um sentido para a nossa vida. Sou grato por poder jogar isso para o papel. Cada vez mais, estamos conseguindo nos abrir mais nas letras e abordar temas que muitas pessoas acabam se identificando”.
“Minha mãe está sempre se atualizando dos memes”
AT2 Como foi crescer sendo filho de uma das maiores vilãs da TV?
Felipe Ricca Muitas vezes, os personagens dela agradavam às pessoas, então sempre tive um contato direto com a dramaturgia, mesmo não trabalhando na área e não tendo tanto o hábito de ver novelas.
Também é filho de Marco Ricca. A carreira artística está no sangue?
Não acredito muito em veia artística, mas em influência. Acaba que, por minha família inteira trabalhar com arte, a probabilidade de eu também gostar do meio era muito grande e foi o que aconteceu. Fui apresentado para o meio artístico muito cedo e, com certeza, isso pesou na minha escolha de trabalhar com música.
Ter pais separados foi uma questão para você?
Nunca! Primeiro, porque meus pais são separados desde quando eu era muito pequeno, e, além disso, tive o privilégio dos meus pais terem criado um ambiente muito saudável. A gente sabe que, às vezes, a separação não se dá da melhor forma, com briga judicial, mas eu tive um ambiente muito saudável, de amizade muito grande entre os dois até hoje.
Os vídeos do TikTok tiveram grande repercussão nas redes sociais. Como lida com esse carinho dos fãs?
Fico muito feliz com todas as mensagens, porque isso evidencia o carinho que as pessoas têm pelo trabalho da minha mãe. E, de certa forma, algumas delas ficam muito curiosas para saber mais a respeito do meu trabalho e acabam se envolvendo.
Já tentou convencer sua mãe e seu padrasto, Vladimir Brichta, a fazerem um perfil no Instagram? Como ela não tem página na rede social, é você quem mostra todos os memes da vilã Carminha que até hoje rolam na internet?
Minha mãe é uma pessoa muito reservada, assim como meu pai e o Vlad. A princípio, eles não estão tão fãs da ideia de ter rede social, mas minha mãe é muito atualizada, então acho que ela está sempre se atualizando dos memes.
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