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Homem da Meia Noite é a atração da madrugada do domingo em Olinda

Calunga completa 92 anos desfilando entre o fim da noite do sábado e o início do domingo


Imagem ilustrativa da imagem Homem da Meia Noite é a atração da madrugada do domingo em Olinda
O Homem da Meia Noite recebeu do Povo Xukurú a roupa que vai usar no desfile deste ano |  Foto: DIVULGAÇÃO

Podemos afirmar, sem medo de errar, que o Homem da Meia Noite está para Olinda, assim como o Galo da Madrugada está para o Recife. Apesar de ser a terra dos bonecos gigantes, existe um carinho especial da população olindense pelo calunga que há 92 anos desfila pelas ruas do Bairro do Bonsucesso esbanjando elegância e misticismo. 

Para o Carnaval de 2024, o Clube de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite vai reverenciar os povos originários em seu desfile no Sítio Histórico de Olinda. Com o tema “Terra Indígena”, o desfile vai homenagear o Caboclinho 7 Flexas, o cantor Marrom Brasileiro e o povo Xucurú.

Foi na na capital pernambucana que o Homem da Meia-Noite foi buscar um dos homenageados do seu Carnaval. Mais precisamente no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. É lá onde fica a sede do Caboclinho 7 Flexas, que desde 1971 representa a linha da jurema que resgata as belas e tradicionais expressões do Carnaval de Pernambuco. No desfile desta madrugada, o Caboclinho 7 Flexas será homenageado nas ladeiras de Olinda.

É dessa mistura de sons do baque do caboclinho, da pisada e do ritmo indígena, que vem o segundo homenageado. Lá no bairro da Mustardinha, no Recife, Marron Brasileiro começou sua história de sucesso como cantor e compositor. Da banda Alcano até o sucesso na Banda Versão Brasileira, Marron encantou os pernambucanos e o Brasil com músicas como “Deusa de Itamaracá” e “Galera do Brasil”. 

Da capital até Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, terra da Povo Xukuru do Ororubá, também grande homenageado do Calunga neste Carnaval. Uma nação indígena formada por mais de dez mil integrantes no semiárido pernambucano, que remonta aos primeiros povos originários do nosso estado. 

ANIVERSÁRIO DE 92 ANOS

No último dia 02 de fevereiro, o Homem da Meia-Noite completou 92 anos. Neste dia, o  Calunga foi até o Povo Xukuru do Ororubá, na cidade de Pesqueira, para receber a roupa que vai usar no desfile deste ano. O traje foi confeccionado pela estilista indígena Dayana Molina. Descendente das etnias fulni-ô e aymará, ela cria peças e pensa em moda trazendo as raízes dos povos originários. Criadora da grife Nalimo, que pensa na sustentabilidade e também segue uma linha decolonial. Todos os anos o Calunga muda de roupa, que só é revelada ao público no momento do desfile.

COMO SURGIU O HOMEM DA MEIA NOITE

Existem duas versões para o surgimento do calunga. A primeira delas conta que Luciano Anacleto assistiu o filme “O Ladrão da Meia Noite”, que mostrava um homem que saia de trás de um relógio sempre a meia noite. Chamando-lhe a atenção e assim veio a ideia de criar o clube. A outra conta que Benedito Bernardino ao sentar nas noites de sábado nas ruas do Bonsucesso sempre via passar um homem elegante, de chapéu preto e dente de ouro sempre perto da meia noite. Ele descobriu que aquela figura pulava as janelas de donzelas de Olinda sempre escondido. E foi assim que teria surgido a ideia de homenagear o Don Juan das ladeiras.

Independente da história, O Homem da Meia-Noite surgiu da vontade de seis homens negros que decidiram levar alegria para milhares de pessoas pelas ruas e ladeiras de uma Olinda dos anos 30. Uma história que se mistura ao misticismo do maracatu, do candomblé e da cultura afro. Um ritual que até hoje se repete sempre no Sábado de Zé Pereira.

SERVIÇO:

DESFILE - HOMEM DA MEIA-NOITE 2024

DATA: 10/02/2024

HORÁRIO: 0h

LOCAL: ESTRADA DO BONSUCESSO, 132 - OLINDA - PE

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