Bell Marques: “A tristeza nem vai chegar perto!”
O Rei do Axé promete um show com muitos hits e alto-astral para relembrar os carnavais e micaretas domingo (16), em Guarapari
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Onde ele está tem alegria de sobra! O Rei do Axé chega domingo (16) em Guarapari trazendo o clima das micaretas e seus maiores sucessos para dar um chega pra lá na tristeza. Na verdade, ela nem está convidada.
“A tristeza precisaria estar lá pra ir embora! Ela nem vai chegar perto!”, diz Bell Marques, aos risos, ao AT2, antes de dizer como vai ser a tarde em Meaípe, no P12 Parador Internacional.
“Vai ser um show pra matar a saudade do clima de Carnaval, das micaretas, do que ficamos tanto tempo sem poder realizar. Serão grandes sucessos meus e de artistas que fazem parte da minha história e do público”, adianta.
Músicas como “Diga Que Valeu”, “Voa Voa”, “Vumbora Amar”, “Amor Bacana” e “Vou Te Amar o Ano Inteiro” estão garantidas na tarde, que ainda vai contar com shows das duplas Matheus e Kauan e Clayton e Romário.
Prestes a completar 70 anos, em setembro, Bell Marques está em uma verdadeira maratona de shows, para matar a saudade de seus fãs e levar sua alegria. “Tem sido muito emocionante e revigorante”, salienta ele.
Baque
Bell confessa que a pausa forçada durante o período de isolamento foi bastante difícil. “Pra quem estava há mais de 40 anos sem uma pausa na carreira, a pandemia foi um grande baque”, admite.
Para ele, o apoio da esposa, Aninha, e dos filhos Rafa, de 34 anos, e Pipo, 27, foi fundamental durante esse período. “Tive todo o apoio de minha família e passamos juntos e muito bem esse período mais reclusos. O carinho dos fãs veio de muitas formas, nos aqueceu e nos manteve fortes e focados”, diz ele.
Durante o isolamento, Bell fez lives direto de sua fazenda, no interior baiano. Hoje, ele não descarta fazer mais lives, mas acredita que nada substitui a energia do público, ao vivo, e está celebrando seus fãs, ao reencontrá-los nos shows.
“A plateia no espetáculo faz a diferença e será sempre uma peça importante. O artista sem sua audiência, sem seus seguidores, não é nada”, acredita o Rei do Axé.
“Família e amigos são tudo na vida”
AT2 - Finalmente está de volta. A turma do Vital, os Bellzeiros e chicleteiros estão loucos. E você?
Bell Marques - Estou bem, muito animado com esse retorno gradual aos palcos, mantendo os cuidados e, aos poucos, celebrando essa volta.
Como foi o período de isolamento para você? Do que sentiu mais falta e o que mais te emocionou?
Sem dúvida, da correria da rotina, que é algo muito natural da gente que trabalha nesse mercado, e do carinho dos fãs.
Por mais que a internet nos aproxime do público e dos amigos, jamais substituirá o contato físico, o calor do momento, o coro da plateia. Isso não tem preço.
A pandemia ensinou algo?
No meu caso, eu não acho que tenha sido uma lição, mas um grande reforço de que família e amigos são tudo na vida de uma pessoa. Ter uma base sólida, pessoas em quem confiar, com quem contar, não importa o que aconteça. Isso eu já sabia, mas a pandemia deixou ainda mais claro como as pessoas que estão com você valem muito.
Vai completar 70 anos e parece um garoto de 20. Qual é o segredo de sua vitalidade?
Acho que já falamos disso e sempre falo, sem medo de estar me repetindo, que o segredo é fazer o que se gosta mesmo.
Ninguém aguenta a rotina que a gente leva sem gostar do que faz. Por mais cansativo que seja, o carinho do fã, o calor do público na frente do palco, o coro na sua música, tudo isso toca demais o artista e faz valer a pena.
É um casamenteiro: muitos fãs se conheceram em seus shows e blocos. Vem mais casamento por aí?
Espero que venham muitos ainda. Eu sou um grande apaixonado e adoro cantar sobre o amor. E se eu puder unir mais e mais pessoas, é um privilégio pra mim.
Amor embalado por sua música não acaba? É pé-quente?
Não garanto que não vai chegar ao fim, mas garanto que vai ser eterno enquanto durar, como eu canto em “Não Vou Chorar”! (Risos)
Já disse que não fará o Carnaval este ano. Por que tomou essa decisão?
A indefinição da festa inviabiliza toda sua preparação. O Carnaval de Salvador tem uma megaestrutura, inclusive humana e de investimentos. Não tem como fazer do dia pra noite, e esse foi um dos motivos.
É claro que só levaríamos o bloco pra rua se as autoridades considerassem seguro, mas se isso acontecesse agora, por exemplo, não teríamos tempo hábil.
Como é para você, um dos ícones da folia, ver que estamos há tantos anos sem o Carnaval?
É muito triste! O Carnaval foi onde tudo começou pra mim. É difícil me enxergar e me entender como artista sem estar conectado ao Carnaval. Quando me emociono com a não realização da festa não significa que não me importo com as vidas que foram perdidas. Perdemos muitas pessoas queridas também. Mas é um sentimento pessoal que não deixa de existir em função de outras dores. São mais de 40 anos subindo religiosamente no trio elétrico. É parte da minha vida.
Como acha que será o Carnaval, quando for possível?
Sem dúvida, uma grande explosão de adrenalina, de energia positiva. O Carnaval é uma festa diferente. É natural, vem de dentro. Essa é a beleza da festa que queremos reviver assim que for possível.
SERVIÇO
Bell Marques
O quê: Show do Rei do Axé, mais apresentações de Matheus e Kauan e Clayton e Romário
Quando: Domingo (16), às 15 horas
Onde: P12 Parador Internacional. Rod. do Sol, Km 26, Meaípe, Guarapari
Quanto (2º lote): R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Vendas: lebillet.com.br
Classificação: 18 anos
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