Banda Rosa Chá lança disco dançante
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A banda capixaba Rosa Chá acaba de lançar seu primeiro EP da carreira. Homônimo, dançante e com 4 faixas, o trabalho foi produzido por Rodolfo Simor e saiu pelo selo Casulo.
Duas músicas do EP (“O Que Ficou Pra Trás” e “Baby Sente o Groove”) estão na playlist “Indie Brasil”, do Spotify. A seleção é seguida por mais de 386 mil usuários.
Formado no ano passado, em meio a pandemia, o grupo Rosa Chá é tocado por Guilherme Sadala (vocal), Gabriel “Pit” Raymundo (contrabaixo), Vitor Rocha (guitarra) e Roberto “Bob” Hoffmann (bateria), o integrante mais recente.
Segundo Guilherme, formar uma banda em um momento em que os grupos parecem estar em extinção foi uma decisão consciente.

Para se ter uma ideia, de acordo com o site do El País, dos 30 artistas mais escutados no mundo no ano passado, no Spotify, apenas um não era solo: os sul-coreanos e kpoppers do BTS.
“Queremos fazer algo diferente do que está rolando. E acreditamos muito na formação de banda”, explica o vocalista, que aproveita para falar sobre o que mudou desde a chegada de “Bob”.
“Ele foi um divisor de águas na nossa banda. A gente conseguiu primeiro tocar as músicas, porque antes era impossível tocar sem bateria. E ele está chegando na produção, colaborando nas linhas de bateria e está muito irado desde que ele chegou”, garante.
Isso tudo contribui para a sonoridade que a banda persegue. As influências passeiam por nomes como Michael Jackson e Prince, além de representantes da cena contemporânea, como The Weeknd, Dua Lipa e Men I Trust.
Mas há também referências nacionais nesse leque cheio de groove dos capixabas. “Gostamos muito de Tim Maia, Ed Motta, Mariana Lima, Marcos Valle... Essa galera que é mais groove. E tem alguns compositores, como Caetano Veloso e Gilberto Gil”, lista Sadala.
Com todas essas referências nas mangas, o Rosa Chá mira no futuro e na missão de fazer músicas dançantes.
“Não sabemos o que o futuro está nos reservando. Mas a gente quer lançar mais músicas. Provavelmente, até o fim do ano, pode surgir um single, ou dois. Ano que vem, estamos planejando um álbum”, salienta Guilherme.
“Gatilho para as pessoas seguirem seus corações”
AT2 Inicialmente, a banda nasceu como um trio. Mais tarde, incorporou baterista. Quais eram as aspirações em comum que os levaram a se unir?
Guilherme Sadala Antes desse projeto, a gente tinha uma banda chamada Pelados. Eu era o cantor. O baixista e o guitarrista eram os mesmos do Rosa Chá. Nós, em trio, resolvemos começar outro projeto junto do Roldolfo Simor. Depois, chegou o Bob, que nós conhecemos há algum tempo.
As quatro faixas que formam o EP mostram uma banda que, apesar de estreante, soube usar o estúdio a seu favor.
Sem o Rodoldo Simor, não seria a mesma sonoridade e não teria a mesma característica. Ele imprimiu a sua característica dentro do nosso estilo. O nosso som é uma união muito maneira. Ele é a mão que imagina as músicas. E a gente fica mais na função da letra. Ele é a cabeça criativa por trás da produção.
Como é o processo de composição de vocês?
Normalmente, escrevo algumas letras e mando para o Rodolfo. Ele escolhe uma para a gente trabalhar. A partir disso, a gente vai para o estúdio e começa a fritar em arranjos, timbres e toda essa jogada que dá o diferencial da banda.
Como essas faixas vão funcionar ao vivo? Vão tentar reproduzi-las o mais próximo do EP ou vão ganhar nova roupagem e elementos?
Estamos colocando novas roupagens e elementos. Fizemos um show recentemente. Lógico, tudo pelas normas. E já estamos colocando novos elementos e chegando com um material um pouco diferente.
As músicas miram um passado ou apontam para o futuro pós-pandemia, em que todos vão poder se encontrar novamente?
As letras das músicas são muito subjetivas. Então, podem estar falando de um passado. Podem estar falando de um futuro que está para chegar. Mas é uma interpretação de cada um.
Eu escrevo muito pelas vivências que tive e pelas coisas que vi e ouvi. Vou escrever baseado nas minhas influências e experiências pessoais.
A faixa “Mais uma Vez” aborda uma história de amor que se aproxima do fim. Há como reacender uma paixão?
Há sentimentos e situações que ficam melhor no passado. Apesar de que acreditamos que nada para o amor é impossível. Existem sentimentos que é melhor guardar, servir como aprendizado ou inspiração para fazer letra.
Pode ser que essa música dê gatilho para as pessoas seguirem seus corações e irem atrás do amor...
O selo Casulo tem diversos artistas capixabas em seu cast. Há um desejo de fazer colaborações?
Sim! Temos conversado entre nós e queremos muito fazer colaborações. Estamos abertos a convites e propostas. E temos alguns nomes. Há um feat que queremos fazer com o Léo Norbim. Já temos algumas músicas escritas.
A partir de agora, com o EP lançado, qual a cara que as novas composições vão ter?
Não nos prendemos a um estilo ou fórmula. Queremos fazer música boa. Queremos nos aventurar por várias coisas diferentes.
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