Caetano Veloso é atração confirmada em festival cultural na Prainha
Ícone da música brasileira, Caetano Veloso será a atração principal do +MC em show histórico na Prainha, em Vila Velha, no dia 17 de agosto
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Ele é som que pensa e palavra que canta. Não é à toa que foi vencedor de 13 prêmios Grammy Latino ao longo de mais de 60 anos de carreira.
Entre o lirismo das ruas da Bahia e os palcos do mundo, ele sempre foi mais do que um cantor — é um estado de espírito. Filho do vento tropicalista, foi generoso e trouxe o primogênito para entoar seus versos à beira da Baía de Vitória, com o Convento da Penha abençoando o horizonte. Essa celebração vai acontecer: o Movimento Cidade anuncia Caetano Veloso, o mais doce e indomável dos tropicalistas, como atração principal do +MC, no dia 17 de agosto, no Parque da Prainha.
Adicione a essa experiência um repertório repleto de clássicos — canções que marcaram uma época, desafiaram regimes e embalaram gerações.
Sendo um dos artistas mais influentes da MPB, Caetano acaba de finalizar uma turnê histórica ao lado de sua irmã, Maria Bethânia, e inicia uma nova pelos principais festivais do Brasil, incluindo o +MC no roteiro.
O setlist do show de Caetano Veloso nos festivais percorre diferentes momentos de sua carreira. Canções como “Divino Maravilhoso” e “Podres Poderes” refletem fortemente o contexto político brasileiro, especialmente o embate com os militares. “Reconvexo”, com seu toque inaugural que acende o axé da canção, faz referência à ancestralidade e à mistura de culturas — marca registrada do movimento tropicalista. Já o ritmo profano e sagrado de “Vaca Profana”, famosa na voz de Gal Costa, utiliza ironia e religiosidade para criticar e homenagear figuras do universo popular brasileiro. O toque que embala a ausência com ternura em “Cajuína” também estará no set — a canção foi inspirada no encontro de Caetano com o poeta Torquato Neto. O show ainda promete “Muito Romântico”, que voltou à baila com a regravação de Xande de Pilares, e “Queixa”. “Odara”, que fecha o show, celebra o otimismo e a leveza pós-exílio, simbolizando a liberdade criativa do período.
Outros destaques surgem sob acordes tímidos de um coração em silêncio, como “Sozinho” — que popularizou a composição de Peninha na voz de Caetano, em um momento de renovação estética nos anos 1990 — e “Não Enche”, cuja crítica direta e irônica à imprensa marcou o fim da década. Das composições mais recentes, Caetano cantará “Anjos Tronchos”. O show prevê ainda “Eclipse Oculto”, “É Hoje”, “Um Baiana”, “Gente” e “Branquinha”.
Outros shows no +MC
Ela não pede espaço — ela ocupa. Marina Sena é o vento quente do interior de Minas que virou furacão pop nas grandes cidades. Com apenas quatro anos de carreira solo, a artista de Toiabeiras já fez o Brasil inteiro dançar, cantar e sentir com uma mistura única de pop, MPB, funk e referências tropicais. Sua presença também está confirmada no +MC, com seu primeiro show nas terras capixabas após o lançamento do novo disco, “Coisas Naturais”. A musa promete um espetáculo com músicas do terceiro e recém-lançado álbum, além de canções que já conquistaram o Brasil pelas ondas do rádio, streamings e redes sociais. A mineira de 28 anos tem entre seus grandes sucessos “Por Supuesto”, “Dano Sarrada” e a recente “Numa Ilha”, além de várias parcerias de sucesso, como “Escada do Prédio”, com Pedro Sampaio, e “Ombrim”, com Mts No Beat.
Além de Marina Sena, o +MC também confirma no palco palavras que sangram com ritmo, que transforma vivência em verso e faz do palco o seu manifesto. O nome do rapper paulistano Yago Oproprio, também chega no Espírito Santo com rimas afiadas e presença magnética. O artista lançou seu álbum de estreia no ano passado, após já ter acumulado vários hits nas plataformas digitais. Direto da Cohab II, na Zona Leste de São Paulo, Oproprio já foi indicado ao Grammy Latino e ao Prêmio Multishow. As músicas “La Noche”, “Enigma” e “Papoulas” já acumulam mais de 20 milhões de streamings cada uma no Spotify.
“O +MC é exagero do que somos. Mais cultura, mais música, mais presença, mais cidade. Para quem ficou com gostinho de quero mais depois do Festival, o Movimento Cidade ouviu os pedidos e inventou um evento totalmente novo (e ainda melhor). No dia 17 de agosto, a Prainha recebe nosso encontro final: um dia extra, especial e atravessado de sentidos. Performances, ativações e shows que misturam o popular e o contemporâneo com a força do agora”, pontua o fundador do MC, Léo Alves.
É importante destacar que o Festival MC — nos dias 15 e 16 de agosto — continua totalmente gratuito.
Em 2025, o Movimento Cidade amplia sua presença, ocupando novos espaços em Vila Velha e Vitória, com oficinas, mostras audiovisuais, arte urbana, performances, rodas de escuta, esportes e atividades voltadas para o bem-estar. O Cais das Artes e a MUG, por exemplo, receberão parte da programação. Em 2024, o Festival MC reuniu cerca de 100 mil pessoas durante os três dias de evento.
*Estagiária sob supervisão de Weslei Radavelli.MATÉRIAS RELACIONADAS:
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