“A briga é só faísca pro quarto pegar fogo”, afirma forrozeiro Nattan
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Prestes a completar 23 anos no próximo mês, o forrozeiro cearense Nattan, dono de sucessos como “Morena” e “Com Você ou Sem”, invadiu as paradas com canções que falam, sobretudo, de relacionamentos.
Exemplo é “Não Te Quero”, versão de “Heaven”, hit dos anos 1980 do canadense Bryan Adams. Outra romântica do Natanzinho, como é conhecido, é “Surra de Amor”, em que canta: “Cheguei à conclusão que a briga é só faísca pro quarto pegar fogo”.
E, antes que o levem a mal, o cantor explica que a letra não tem conotação negativa. “O que tento passar é que a briga é aquele ciúme, sabe? Aquilo que tem em todo relacionamento, e se resolve tudo com amor e fogo”, diz, em entrevista ao AT2.
Dono do bordão “É o Natanzinho falando de amor”, o jovem admite ser um homem carinhoso que, no passado, cometeu loucuras em nome da paixão. “Mudei de colégio no ensino médio por causa de uma pessoa!”, lembra Nattan, que tem mais de 300 milhões de visualizações no seu canal no YouTube e acabou de lançar o EP “Diferente das Diferentes”.
Mas as três faixas não são as únicas novidades. Nattan se uniu ao MC G15 e, em breve, soltará a música “Nunca Foi Amor”. Também aguarda parcerias da Vybbe, escritório do qual faz parte, com a Balada Music, de Gusttavo Lima.
“Sempre fui positivo”
AT2 Legendou uma foto no Instagram com a frase: “Apenas um garoto correndo atrás de seus sonhos”. Quais sonhos você jamais imaginou que conquistaria?
Nattan Sempre fui muito positivo e tive muito foco. Então, não teve ainda um sonho ou meta que eu dissesse: “Ah, eu não vou conseguir!”. Sempre coloquei Deus na frente de tudo.
Um desses sonhos era cantar e estar ao lado de artistas como Xand Avião, Zé Cantor, Priscila Senna, Zé Vaqueiro. E hoje estou na mesma empresa que eles, a Vybbe, e é uma coisa que paro e penso: “Nossa, eu conquistei!”.
Como se aproximou da música?
Foi no colégio, onde via a galera tocando violão. Sempre quis tocar e não sabia. Pedi a minha avó para comprar um e ela não tinha condições. Mas, com muito esforço, ela comprou e busquei aprender sozinho. Nada de aula. Tudo em internet.
E esse vozeirão? Quando descobriu que ele poderia ser um diferencial para você?
Nessa época do violão, eu ainda não cantava. Fui tocando e aprendendo a cantar. Até que um dia uma galera na escola disse: “Tua voz é legal. Por que não tenta cantar em algumas apresentações?”. E eu fui me apresentando em eventos e barzinhos que ficavam na cidade.
O que fazia da vida antes que cantar e compor se tornasse sua principal atividade?
Eu era estudante e pensava fazer Engenharia Civil. Mas a música me tocava e mexia comigo. E foi isso que me fez querer cantar e compor: a vontade de ser artista.
Qual a importância do forró na sua vida?
Forró é tudo. Me apaixonei pelo forró, era o único ritmo que me tocava, me fazia mexer, me fazia feliz. Sempre gostei de sertanejo e de outros ritmos, mas o forró mexia comigo de uma forma diferente. Foi quando criei uma paixão para querer cantar o estilo. Até poderia cantar outro, mas acho que eu não seria tão completo quanto sou no forró.
Sem shows presenciais, acabou ficando famoso virtualmente. Como tem sido?
Ainda estou sabendo lidar. Mas é muito legal. Quando os shows voltarem, a gente vai sentir o calor do público. Vai ser o nosso termômetro, já que, para mim, tudo é muito novo.
O que é mais importante: alcançar o sucesso ou o que leva até ele?
Os dois são bastante importantes. Você tem de valorizar cada passo, porque ninguém tem a receita do sucesso. Tem de ter foco. Ser ganancioso é bom, mas com a dosagem certa.
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