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Eleições 2020

Polícia Federal faz operação na Prefeitura de Vitória


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Imagem ilustrativa da imagem Polícia Federal faz operação na Prefeitura de Vitória
Servidores da Prefeitura de Vitória vão ter folga na sexta-feira. Mas no próximo feriado, serão cinco dias de descanso |  Foto: Thiago Coutinho/AT

A Polícia Federal realizou buscas e apreendeu documentos, computadores e equipamentos na sede da Prefeitura de Vitória e de empresas de publicidade nesta quinta-feira (5). A operação foi autorizada pela Justiça Eleitoral para apurar denúncias de irregularidades na campanha do candidato ao cargo de prefeito da capital, Fabrício Gandini (Cidadania).

De acordo com o mandado assinado pelo juiz eleitoral, José Luiz da Costa Altafim, as denúncias investigadas são de abuso de poder econômico, abuso de poder político/autoridade e abuso/uso indevido de meio de comunicação social por parte do candidato.

O processo foi ajuizado pela coligação “Vitória Unida é Vitória de todos”, formada pelos partidos Republicanos, Democratas, Solidariedade e MDB.

Nela consta a alegação de que Gandini “estaria se valendo de vantagens indevidas pagas por pessoas jurídicas, decorrentes de contratos firmados pela Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação (SEGES) da Prefeitura Municipal de Vitória, de modo a financiar gastos abusivos em período vedado pelo ordenamento jurídico pátrio, com serviços de marketing, produção audiovisual e pesquisas eleitorais”.

O grupo afirma que as vantagens teriam sido doadas em período vedado, pelo então pré-candidato a prefeito aos pré-candidatos a vereador, de diversos partidos, “custeando-se propaganda conjunta, visando gerar exposição massiva da imagem de Fabricio Gandine (sic) Aquino”, narra a denúncia.

De acordo com a ação, Gandini teria se beneficiado de contratos assinados na Seges com empresas de publicidade e propaganda para usá-los de maneira a se “financiar elevados gastos de pré-campanha, em seu favor e de seus aliados, por meio da exposição massiva de sua imagem”.

A denúncia levanta a hipótese de que ele teria recebido como doação dessas empresas o custeio da gravação de vídeos profissionais, gravados em estúdio, em favor de pré-candidatos a vereador antes mesmo do lançamento das pré-candidaturas (16 de julho).

O juiz destaca que, a princípio, não haveria irregularidade no pagamento pelos serviços de publicidade e produção audiovisual para as empresas incluídas no polo passivo se as contratações tenham sido feitas pelo candidato ou pelo partido, em período admitido pela legislação pátria.

“Contudo, há de se perquirir se houve benefício de Gandini e de sua base aliada com recursos públicos provenientes dos contratos firmados com a Prefeitura de Vitória (SEGES) e se tais recursos públicos foram utilizados para a pré-campanha dos candidatos, em período vedado”, explica o magistrado.

A denúncia também relata que a empresa Enquet teria sido contratada, com dinheiro da prefeitura, para fazer pesquisa de intenção de votos, de forma disfarçada, ao questionar a população sobre determinados serviços públicos ligados à candidatura de Gandini.

Para esclarecer os fatos narrados na denúncia, o juiz autorizou a busca e apreensão de computadores, notas fiscais e outros e equipamentos nas empresas citadas no processo e na sede da Prefeitura de Vitória.

Também foi determinada a quebra do sigilo bancário em algumas das empresas citadas e que as postagens em redes sociais não sejam apagadas até que a investigação apure os fatos.

Acusações sem provas, afirma candidato

Procurada pela reportagem, a coordenação da campanha Avança Vitória informou, em nota, que as ações desta quinta-feira (5) foram realizadas por um adversário político, baseadas em acusações infundadas e sem qualquer prova.

“Esclarece ainda que a ação movida tem viés político e intuito de causar tumulto no processo eleitoral. A Coligação Avança Vitória considera que denúncias dessa natureza, às vésperas da eleição e após a candidatura de Fabrício Gandini ter desmascarado a presença do crime organizado na disputa da Capital, têm o claro objetivo de confundir o eleitor e desviar o foco das ameaças de retrocesso que a cidade está sofrendo”, diz a nota.

No início da noite desta quinta, Fabrício Gandini divulgou um vídeo nas redes sociais reagindo à denúncia apresentada e à operação. No vídeo, ele começa dizendo que vem "denunciando o maior grupo criminoso que já conseguiu colocar as garras na política do Espírito Santo. Eu já imagina: eles revidaram".

E acrescenta: "Hoje invadiram o local onde fica o estúdio dos meus programas eleitorais e o pedido partiu exatamente do delegado Pazolini, o que não nos impressiona. Sabemos como esse grupo político age, sempre agiram assim. Na base da truculência, invadindo hospitais, tentando ganhar na base da ignorância".

"Vitória não é uma delegacia. Não tenho medo e nem tenho o que esconder, nem meu trabalho, nem meus aliados. Continuaremos a nossa campnha e não vamos nos intimidar", afirma Gandini.
 

Empresa se diz surpresa

Em nota de esclarecimento, a Enquet Pesquisas, uma das empresas citadas, informa que foi surpreendida na manhã desta quinta (05) por uma ação da Polícia Federal, relativa à campanha do candidato a Prefeito de Vitória, Fabrício Gandini.

“Há 35 anos, a Enquet presta seus serviços dentro da mais absoluta regularidade. Temos certeza de que no desfecho dessa ação isso será novamente comprovado. Todas as ações jurídicas de competência da Enquet já foram desencadeadas no sentido agilizar o esclarecimento de todos os fatos”, finaliza.

Prefeitura 

Em nota, a Prefeitura de Vitória informou que "reafirma seu compromisso público de transparência e retidão e afirma que nenhum contrato da administração pública, de qualquer natureza, é utilizado em benefício de terceiros."

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