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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Educação ambiental e as bases sustentáveis à cidade do futuro

| 09/09/2020, 07:17 07:17 h | Atualizado em 09/09/2020, 07:19

Historicamente, a cidade tem sido o locus da vida social organizada, onde o comércio floresce e potencializa o desenvolvimento econômico e cultural de um povo. Desde a Revolução Industrial, todavia, a configuração das cidades vem passando por transformações sensíveis, afetando inclusive a estabilidade climática global.

No Brasil, no limiar do século XX, a urbanização veio acompanhada do processo de favelização, agravando a situação social da população negra, que, em grande medida, fora alijada do mercado formal de trabalho. Nas décadas seguintes, as grandes cidades brasileiras tornaram-se palco de inúmeras contradições, exacerbadas pelo êxodo rural gerado tanto pela concentração fundiária quanto pela introdução de máquinas à produção agrícola.

Atualmente, o relativo descaso quanto à aplicação de projetos urbanísticos não apenas evidencia o crescimento desordenado das cidades, mas também constitui elemento explicativo para desastres de proporções catastróficas, como enchentes provocadas pela falência do sistema de saneamento básico e deslizamentos ocasionados pelos problemas habitacionais.

É de fato a urgência iminente de reverter isso que urge uma Educação Ambiental como base científica do desenvolvimento sustentável. Sendo notório os ganhos social, econômico e ambiental advindos da reciclagem, uma atitude simples como separar o lixo, discriminando-o entre orgânico, plástico e metal, favorece sobremodo seu reaproveitamento produtivo, de sorte que o incremento de sua rentabilidade constitui estímulo às cooperativas de economia solidária para elevar sua produção, gerando emprego e, portanto, inclusão social.

A cidade do futuro deve colocar em prática o que a experiência tem ensinado, a saber, que as árvores, à medida que transformam luz e CO2 em energia, favorecem tanto o equilíbrio térmico, quanto o melhoramento da qualidade do ar, sendo portanto indispensável à vida saudável. Além disso, outro fator a atenuar os efeitos termodinâmicos resultantes da elevação da temperatura se localiza na diminuição do uso intensivo de cimento nas construções civis. Nesse caso, é sempre oportuna a elaboração de projetos arquitetônicos alternativos, com destaque, sobretudo, àqueles que reconheçam a importância da energia limpa, como a energia solar.

A humanidade aproxima-se a cada dia de um ponto em que os problemas ambientais se tornarão irreversíveis. Por isso, desenvolver práticas educacionais voltadas à formação de cidadãos responsáveis e comprometidos com a preservação do meio ambiente, entendido como bem comum e essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade, é uma necessidade impostergável. É pensando nisso, e tendo em conta o papel da escola enquanto celeiro para mudanças positivas na sociedade, que vigora desde há muito a Lei N. 9795/99, que torna vinculativo o ensino de Educação Ambiental, no Brasil. Decerto, todas as decisões tomadas hoje, nesse sentido, melhorarão a vida não apenas nas cidades, mas em todo o planeta.


Flávio Santos Oliveira é doutor em História pela Ufes

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