Vento no Estado para gerar energia anima europeus
Capacidade de geração renovável, sobretudo com a força dos ventos, poderia abastecer a metade do País durante 1 ano, segundo estudo
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O Espírito Santo pode produzir 142 mil gigawatts de energia eólica, ou seja, dos ventos, e 240 mil gigawatts no total, se juntar todas as fontes de energia renováveis. Isso é o suficiente para sustentar o consumo de energia elétrica de metade do País por um ano.
Essa informação veio de um estudo divulgado pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento (Sectides), Ricardo Pessanha, em evento da Federação das Indústrias do Estado (Findes), onde foi apresentado o novo Atlas Eólico Offshore e Onshore.
O estudo, que anima europeus, foi feito por meio de uma parceria entre os governos do Estado e da Alemanha, representado pela Agência Deutsche Gesellschaft Für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). O prazo para o desenvolvimento da indústria de energia eólica offshore (em alto-mar) e onshore (em terra firme) no Estado é até 2035.
“O Espírito Santo surpreendeu até os pesquisadores mais otimistas com esse dado. O Estado se coloca de vez na rota dos principais cenários de exploração de energia eólica no Brasil”, disse Pessanha.
Esse potencial se refere ao que o Estado pode produzir em instalações offshore, no meio do oceano, parecido com o que é feito em na exploração da camada do pré-sal.
As usinas ficariam instaladas em uma distância entre 100 e 300 quilômetros da costa capixaba. “Já detemos a expertise para operar em offshore, pois produzimos petróleo e gás natural, e por isso o Estado se coloca como um ator diferenciado nesse mercado, e por causa dessa expertise, eleva o Espírito Santo nesse cenário com grande potencial”, disse Pessanha.
Várias empresas têm interesse em investir no Estado, aguardando apenas as regulamentações federais necessárias, segundo a presidente da Findes, Cris Samorini.
“Estamos em um momento de construção de uma rota estratégica da energia, que demonstra o que o Espírito Santo precisa para se preparar para essas mudanças para energia eólica, solar ou de matrizes combinadas. Escutamos mais de 120 especialistas e a Findes vai entregar até o fim de novembro para demonstrar ao Estado quais investimentos serão necessários.”
Nos últimos 10 anos foram investidos na exploração de energia eólica onshore no País mais de R$ 320 bilhões, sendo que R$ 110 bilhões foram gastos na construção de parques eólicos e os outros R$ 210 bilhões para atendimento da cadeia de geração de energia.
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