Tarifaço de Trump: setor de confecção teme "invasão chinesa" no Brasil
“Bloqueio” das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos pode prejudicar a indústria nacional
Escute essa reportagem
O setor do vestuário teme que o “bloqueio” das relações comerciais entre Brasil e os Estados Unidos acabe por gerar uma espécie de “invasão” de produtos chineses no País, prejudicando a indústria nacional.
LEIA TAMBÉM: Com menos exportação, indústrias preveem falta de lugar para estocar mármore
A ampliação da exportação de produtos no geral para o país asiático pode vir acompanhada de um aumento na cota de importação de produtos da China, avalia José Carlos Bergamin, empresário da indústria de roupas e vice-presidente da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-ES),
“No setor do vestuário, essa é a única coisa que pode nos afetar. Se for exportar mais para a China, vai ter que comprar mais também”, diz.
A indústria de vestuários local depende da produção asiática para a confecção. O poliester, os filamentos à base de celulose, além de equipamentos e maquinários vêm, em partes, da China.
“A tecelagem vem da Alemanha, Itália, China e Coreia do Sul. Já o algodão é produzido no Brasil”, conta o empresário.
No varejo, porém, a previsão é que haja efeito positivo em relação à ampliação da tarifa. A perspectiva é que haja queda nos preços dos produtos devido ao aumento do estoque local, culminando em aquecimento da atividade. “Teremos mais produtos no mercado interno e mais baratos”, analisa.
Para a Fecomércio-ES, a ampliação da tarifa representa um retrocesso nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e impõe um risco direto à competitividade das exportações nacionais.
“Qualquer barreira adicional imposta a essas mercadorias desestimula os embarques e compromete a estabilidade das cadeias produtivas”, diz em nota.
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários