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Economia

Quebra na safra do arábica pode ajudar produtores de café no Estado


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Uma quebra da safra do café do tipo arábica no País pode favorecer o café do tipo conilon, produto que o Estado é o maior produtor nacional.

Imagem ilustrativa da imagem Quebra na safra do arábica pode ajudar produtores de café no Estado
Grãos de café conilon, que tem apresentado melhora na qualidade e sido usado para blends com outras variedades |  Foto: Divulgação



A Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal) enviou, na última sexta-feira, uma carta a autoridades como a ministra da Agricultura Tereza Cristina apontando uma quebra de cerca de 40% na safra de café arábica do País de 2021 em relação ao potencial produtivo para o período, citando uma seca histórica e altas temperaturas nas lavouras.

A safra de 2021, de acordo com a Sincal, já seria menor, pois o café arábica possui um ciclo bienal, já tendo boas colheitas em 2020. O clima, porém, seria um agravante, e a Sincal que considera a possibilidade de a produção de arábica não atingir nem mesmo 20 milhões de sacas. Em 2020, foram 47,38 milhões de sacas produzidas, número próximo do recorde de 2018, quando superou 61 milhões de sacas.

De acordo com o analista de mercado da M&M Cafés, Marcus Magalhães, a redução da safra do café arábica deve favorecer o conilon, que deve ser usado para cobrir as necessidades.

“Para este ano, o café arábica teve uma safra boa, mas para 2021 o café do tipo conilon deve ter uma valorização, porque a safra do arábica será bem menor por conta do desgaste pelas faltas de chuva, que comprometeram a produção”.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faes), Júlio Rocha, destacou que o Conilon tem obtido espaços melhores no setor devido à melhora de sua qualidade, e que a tendência é de que ele seja mais utilizado no desenvolvimento do blend de café com a baixa safra do arábica.

“Como tradicionalmente ele sempre foi mais barato que o arábica, ele já vem crescendo na composição do blend o café. Ele tem sido muito usado até para baratear o preço do café para a população, mas como sua qualidade tem crescido muito, o preço dele já está até nivelado com o arábica atualmente. A situação deve ficar ainda melhor para o conilon com essa baixa safra do arábica para 2021”.

O cenário do arábica preocupa a Sincal para o período pós 2021. De acordo com o órgão representante de produtores, se o clima não normalizar imediatamente, poderá também trazer prejuízos para as safras após 2021. Integrantes do mercado, contudo, avaliam que o quadro não é tão ruim quanto o pintado pela associação.

Previsão até de desabastecimento

A estiagem e o calor nas regiões de São Paulo e Minas Gerais, dois dos maiores produtores nacionais de café arábica, pode fazer os preços do café subirem no País.

Mesmo se chover nos próximos dias, como esperado, o estrago já está feito, porque não há como recuperar a produção. A Alta Mogiana, região formada por 11 cidades no Nordeste paulista e a Baixa Mogiana, região no Sul de Minas Gerais, acumulam perdas de quase 40% na safra do café arábica que será comercializada ano que vem.

O presidente do Sindicato Rural de Franca (SP), José Henrique Mendonça, diz que há risco até de faltar produto na prateleira. “Não dá para estimarmos hoje qual será o aumento, mas vai acontecer. Pode até acontecer de faltar produto na prateleira”.

Mendonça diz que os efeitos da seca podem ser duradouros, alcançando 2022, dado que, com as lavouras secas, as plantas do café morrem, afetando a safra colhida em 2021. “Aí os 40% de perdas podem se tornar maiores, colocando em risco toda a cadeia de produção”, disse.


VALORIZAÇÃO


Valorização da bebida capixaba

Baixa safra do arábica
> A Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal) demonstrou preocupação com a situação do café arábica para 2021.
> O motivo é que, por conta da falta de chuvas, há a possibilidade de ocorrer uma quebra da safra de 2021 de 40% desse tipo de café.
> A safra já seria menor que a de 2020, tendo em vista que trata-se de um produto de ciclo bienal, e em 2020 foram 47,38 milhões de sacas produzidas.

Café conilon em alta
> Com a situação do arábica, abre-se a possibilidade de que o café conilon seja aproveitado para suprir as necessidades que o arábica deixar no mercado.
> A tendência é de que o café conilon seja mais valorizado em 2021.
> A situação favoreceria o Estado, que é considerado o maior produtor de café conilon no País.

Fontes: Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faes) e Reuters.

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