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Economia

Preço do gás sobe e motoristas de aplicativos ameaçam parar

Preço do metro cúbico do gás veicular subiu 20 centavos, reduzindo os ganhos da categoria, que estuda entrar em paralisação nacional


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Imagem ilustrativa da imagem Preço do gás sobe e motoristas de aplicativos ameaçam parar
Gleyson Braga disse que vai aderir à paralisação dos motoristas contra os reajustes no preço do combustível |  Foto: Douglas Schneider — 23/08/2021

Motoristas da Grande Vitória foram surpreendidos nos últimos dias com um reajuste de R$ 0,20 no Gás Natural Veicular (GNV), alternativa mais barata à gasolina. A alta prejudica, sobretudo, os motoristas de aplicativo, que, com o aumento dos custos, avaliam parar as atividades.  

Conforme o Monitor de Combustíveis da Secretaria de Estado da Fazenda, o preço médio do GNV no Estado em 31 de outubro era R$ 4,32. No domingo, já era de R$ 4,50. A gasolina também penaliza os profissionais, com os preços em constante alta no País.

“Está havendo uma mobilização no País inteiro, e a gente tem uma reunião quarta (amanhã) à noite para definir se vai haver greve. A partir daí, vamos definir o que fazer no Estado”, informou Luiz Fernando Muller, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Estado (Amapes).

O motorista de aplicativo Gleyson Braga disse que vai aderir à paralisação, se ela ocorrer. Ele comenta que, se houver mais um reajuste no preço do gás, vai ficar no prejuízo. 

“Empresas como a Uber e a 99 Pop aumentaram os valores repassados aos motoristas, mas isso não ajudou muito. Se tiver mais um aumento no GNV, muitos vão desistir. A conta não fecha, o reajuste dos aplicativos foi de R$ 0,10, e o gás aumentou R$ 0,20”, reclamou.

Apesar de não haver a previsão de paralisação de 100% da categoria, passageiros já relatam dificuldades em encontrar carros para as corridas, devido ao grande número de motoristas que desistiram. 

Qualquer queda no número de veículos provocará ainda mais demora e preços mais altos, com cobrança de tarifa dinâmica.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos), o aumento do preço do gás se deve, provavelmente, ao aumento no custo de aquisição junto à Petrobras, autorizado pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Estado (Arsp). O reajuste passou a valer no dia 1º.

O empresário Deoclides Oliveira, dono de posto que atua com  GNV, explicou que a revisão do preço é trimestral. “A previsão de um novo reajuste é em 1º de fevereiro. Esse reajuste também pode ser para menos, se até lá o petróleo e o dólar estiverem mais baixos.”

Repasse do reajuste

Os colegas Fernando Fagner e Nélio Botelho trabalham com vendas em um negócio de gesso. Por isso, eles utilizam muito o carro da empresa, que tem o kit GNV instalado.  

“A firma faz o reembolso pelo combustível em um valor fixo. Aqui no posto, o gás foi de R$ 4,29 para R$ 4,49, o que acaba me prejudicando”, relatou Nélio (à direita), que é consultor comercial. Ele pensa na possibilidade de pedir à empresa  um reajuste do valor.

Imagem ilustrativa da imagem Preço do gás sobe e motoristas de aplicativos ameaçam parar
Fernando Fagner e Nélio Botelho trabalham com vendas em um negócio de gesso |  Foto: Antonio Moreira/AT

Ações judiciais cobram direitos trabalhistas a colaboradores

O Ministério Público do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) entrou ontem com ações contra a Uber, 99, Rappi e Lalamove por fraude nas relações trabalhistas. Investigações concluíram que a relação delas com os motoristas configura vínculo empregatício. 

Os procuradores pedem o reconhecimento do vínculo de emprego, que as empresas se abstenham de fazer contratações fora das regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e uma indenização por dano moral coletivo. 

Apesar de serem movidas em São Paulo, onde a maioria dessas companhias têm sede, as ações têm abrangência nacional.

“Não estamos combatendo a tecnologia, mas a precarização das relações de trabalho”, afirmou a procuradora Tatiana Simonetti. 

A Justiça descobriu que, em um universo de 10 mil motoristas que trabalhavam na 99 entre 2018 e 2019, 99% trabalharam ao menos quatro dias por semana. 

De acordo com a CLT, “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 

Se os pedidos forem acolhidos, haverá audiências entre as partes, prazo para a defesa e as considerações finais e, então, a sentença.

Gasolina comum já chega a R$ 7,09

O preço médio da gasolina nos postos do País subiu 2,25% na semana passada e, no Estado, o litro do combustível nas bombas chega a R$ 7,09, de acordo com levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

 Com o preço da gasolina, do gás natural  e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e atinge 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. É a maior inflação para esse grupo desde 2000.

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