Petrobras reduzirá preço do gás em 14% a distribuidoras a partir de agosto
Preço do gás vendido pela estatal é reajustado a cada três meses
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A Petrobras informou nesta segunda-feira (28) que reduzirá em 14%, em média, o preço do gás natural vendido às distribuidoras no país. O corte, que passa a vigorar em agosto, acompanha a queda na cotação internacional do petróleo.
O preço do gás vendido pela estatal é reajustado a cada três meses. O repasse para o consumidor final, porém, depende dos contratos estaduais de concessão do serviço de gás encanado -em alguns casos, é imediato; em outros, aguarda a data do reajuste tarifário.
Em nota, a Petrobras afirmou que a cotação do petróleo Brent caiu 11% no trimestre usado como referência para definir os novos preços. Já o real se apreciou em relação ao dólar, o que também contribui para o corte no preço do combustível.
A estatal afirmou ainda que cada distribuidora percebe uma variação diferente em seu preço, dependendo do tipo de produto contratado com a estatal e os prêmios contratuais por aumento de vendas do combustível.
No Rio de Janeiro, onde o repasse é imediato, a Naturgy informou que clientes residenciais da região metropolitana terão corte de 1,39%. Para clientes comerciais, industriais e para o GNV (gás natural veicular), os cortes serão de 1,45%, 3,47% e 3,73%.
No interior do estado os repasses são maiores: 3,5% para residências, 4,07% para o comércio, 5,56% para indústrias e 7,27% para o GNV.
Na nota divulgada nesta segunda, a Petrobras esclareceu que o preço final do gás ao consumidor é composto também pelo custo de transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento e margens de cada concessionária, além de tributos federais e estaduais.
A companhia afirmou ainda que, desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução da ordem de 32%, incluindo o efeito da redução de agosto.
O preço do gás natural no país é um dos pontos de atrito entre a estatal e o Ministério de Minas e Energia, que ajudou a derrubar Jean Paul Prates, o primeiro presidente da estatal no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo dados da consultoria Argus, a Petrobras foi responsável pelo suprimento de 67% do mercado em 2024, o menor percentual da história, com o crescimento da fatia de agentes privados no setor.
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