Mais 300 poços de petróleo e 1.500 empregos no ES
Multinacional compra campos de exploração em Linhares, São Mateus, Jaguaré e Conceição da Barra. Objetivo é triplicar a produção diária até 2025
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A Seacrest, empresa norueguense que comprou da Petrobras recentemente campos de exploração de petróleo e gás no Estado, pretende triplicar sua produção diária até 2025. A empresa petroleira vai revitalizar poços maduros e perfurar outros 300, além de recuperar 200 poços que foram abandonados pela Petrobras.
O investimento vai resultar na criação de cerca de 1.500 empregos no Estado. A intenção da empresa foi relatada durante a divulgação dos seus resultados no 1º trimestre de 2023 pelo presidente da petroleira, Scott Aitken.
A previsão dos empregos foi relatada pelo consultor empresarial Durval de Freitas.
“Em média são de cinco a 10 pessoas por poço nos Polos Norte Capixaba e de Cricaré, que está localizado nos municípios de São Mateus, Linhares, Conceição da Barra e Jaguaré, sem incluir os empregos indiretos, que dobrariam esse número”, detalha.
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Ele explica ainda que nos empregos diretos serão necessários profissionais para atuar em funções como operadores de máquina, mecânicos de manutenção, engenheiro de segurança, engenheiro de meio ambiente, técnico de segurança e eletricista.
“São poços terrestres, ou onshores, que são mais manuais, não são automatizados como os que ficam no mar. A produção gira em torno de 10 mil barris por dia, e o salário é entre R$ 4 mil e R$ 8 mil”, explica.
Em 2023, a Seacrest espera atingir a produção média anual de 8,7 mil a 8,9 mil barris por dia, encerrando o ano com o patamar de mais de 10 mil barris por dia. Até o fim de 2025, a expectativa da petroleira é atingir a produção de 21 mil barris por dia, aproximadamente o triplo do número atual.
Durval explica que a qualidade do petróleo varia de ponto a ponto, mas que, geralmente, o obtido por meio de perfurações terrestres é mais “pesado”.
“Ele tem outras aplicações, sendo utilizado em lubrificantes, máquinas pesadas, na graxa. São aplicações diferentes, mas é claro que varia de poço para poço”.
Em fevereiro, a empresa norueguesa abriu capital na bolsa de Oslo para financiar a aquisição do Polo Norte Capixaba. Segundo o relatório publicado pela Seacrest, o plano já estaria funcionando.
Isso porque, após a empresa assumir o Polo, em abril deste ano, a produção dele voltou a crescer pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2022, atingindo 5,4 mil barris equivalentes de óleo e gás por dia.
ENTENDA
Meta é triplicar produção
> A petroleira Seacrest recentemente comprou, da Petrobras, campos de exploração de petróleo e gás no Espírito Santo, no Norte do Estado. O objetivo é triplicar a produção diária até 2025.
> Além de revitalizar poços maduros, a empresa quer perfurar outros 300 poços nos próximos cinco anos e recuperar outros 200 que foram abandonados pela Petrobras.
> Na divulgação de seus resultados no 1º trimestre deste ano, a empresa informou uma receita com petróleo de US$ 8,8 milhões (R$ 44 milhões), mais de quatro vezes maior do que a cifra do mesmo trimestre do ano anterior, de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões).
> Em 2023, a Seacrest espera atingir a produção média anual de 8,7 mil a 8,9 mil barris por dia, encerrando o ano com o patamar de mais de 10 mil barris por dia.
> Até o fim de 2025, a expectativa da petroleira é atingir a produção de 21 mil barris por dia, aproximadamente o triplo do número atual.
> No Polo Cricaré, a produção de petróleo e gás cresceu 260% desde que a Seacrest assumiu a exploração em 2021, com foco na manutenção e abertura de novos poços.
> Já o Polo Norte Capixaba, que a Seacrest assumiu em abril deste ano, a produção voltou a crescer pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2022, atingindo 5,4 mil barris equivalentes de óleo e gás por dia.
Fonte: Durval de Freitas e Seacrest.
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