Gás de cozinha é vendido por agendamento em distribuidoras
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Para muitos moradores do Espírito Santo, comprar gás de cozinha tornou-se um exercício de paciência durante a pandemia do coronavírus. Em algumas distribuidoras, só é possível adquirir o produto com agendamento. Outras têm feito as vendas em sistema drive-thru.
É o caso da Capixaba Gás, na rodovia Serafim Derenzi, em Vitória, que, para agilizar a venda das botijas, faz o atendimento em filas: uma para pedestres e outra para motoristas.
“Não estamos fazendo entregas, ou agendamentos. É por ordem de chegada, mas ninguém fica sem”, explicou o proprietário, João Gabriel Coitinho.
O servidor público Kleiton Oliveira, 34, aprovou o sistema. “Meu gás estava chegando ao fim e eu já fiquei preocupado. Mas soube que eles estavam atendendo dessa forma e consegui comprar a botija. Foi tudo muito rápido e prático”.
Em outras distribuidoras, como a Vila Velha Gás, em Santa Mônica, Vila Velha, a venda é feita mediante agendamento, pois, segundo o proprietário, Cristiano do Vale, que também é presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado (Sinregás-ES), o estabelecimento tem recebido uma quantidade de botijas menor que a habitual.
“O gás chega todo dia, mas é metade do que vinha antes. Por isso, estamos fazendo o agendamento, com entrega, no máximo, na manhã seguinte ao pedido.”
Ele explicou que, após o início da pandemia, houve redução na produção de combustíveis, processo no qual também é feito o gás de cozinha. “Além disso, a procura subiu cerca de 23%, porque as pessoas estão passando mais tempo em casa e cozinhando mais. Tudo isso influencia”.
Por receio de não receber novo carregamento de botijas de gás, Eloir Magno, proprietário do Disk Gás, Água & Cerveja, em Bela Vista, Cariacica, não trabalha com agendamentos. “Aceito pedidos por telefone, conforme o estoque. Mas a situação já está voltando ao normal”.
Solução prometida para semana que vem
A normalização do comércio de gás de cozinha no Estado deve ocorrer a partir da próxima semana, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Petrobras informou que o problema, ligado à menor produção de combustível, está sendo compensado com importações de gás e reforçou que “não há risco de falta do produto nem necessidade de estocar botijões”.
SAIBA MAIS
Busca maior por produto
- A procura por gás de cozinha aumentou nas últimas semanas, ao contrário dos demais combustíveis. Os produtos são fabricados em conjunto.
- Por isso, distribuidoras têm recebido quantidade menor de botijas.
- Para contornar o problema, as vendas estão sendo feitas, principalmente, por meio de agendamento.
Fontes: Petrobras e Sinregás-ES.
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