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Economia

Como gurus das finanças ensinam os filhos a poupar


Imagem ilustrativa da imagem Como gurus das finanças ensinam os filhos a poupar
Fabrício Nunes ensina o filho, Roger, a juntar moedas em um cofrinho para poder comprar um carrinho elétrico |  Foto: Beto Morais / AT

É comum entre os pais a vontade de que o filho cresça com responsabilidade financeira e se torne um adulto que saiba administrar seu próprio dinheiro. Porém, para a maioria, muitas dúvidas ainda existem a respeito do assunto: de que forma abordar e quais limites estabelecer com os pequenos.

Para alguns pais, no entanto, o tema surge ainda cedo e de forma natural é introduzido na vida das crianças. São os especialistas em finanças, que afirmam que é preciso falar sobre dinheiro com os filhos e incentivá-los a poupar.

O economista Fabrício Nunes Azevedo revelou que o filho, Roger Magri Azevedo, de apenas 3 anos, já ganhou um cofrinho e está juntando moedas para comprar um carrinho elétrico que pediu.

“Expliquei que um brinquedo desses custaria muitas moedas e que, para isso, ele precisaria juntar. Comprei um cofrinho e comecei a ensiná-lo o que é e como deveria fazer para juntar as desejadas moedas”, explicou o especialista.

Quem também incentiva o filho, Davi Miranda, de 2 anos e 9 meses, é o educador financeiro Cléber Miranda. A criança também já aprendeu a guardar dinheiro.

“As crianças já podem ir sendo inseridas nesse contexto a partir do momento em que consegue entender as coisas. Aos 3 anos, já podemos mostrar para as crianças que é preciso pagar pelas coisas”, destacou o especialista.

O economista Alexandre Gebara pontuou que crianças que são introduzidas à educação financeira desde cedo tendem a se tornar adultos mais responsáveis.

“Depois que se cria um hábito, na maioria das vezes é sempre dolorosa a adaptação a um novo padrão de vida. Por outro lado, é possível estabelecer hábitos saudáveis de consumo nas crianças através de orientações que estimulem o aprendizado da educação financeira”.

Ricardo Fadini, co-fundador do projeto de educação financeira Graninha Kids, é pai das gêmeas Giovanna e Izabelle, de 10 anos. As duas já praticam atividades que estimulam o próprio desenvolvimento financeiro.

“Desde pequenas, levamos ao supermercado e comparamos preços. Isso é muito importante para elas entenderem que vários produtos similares têm preços diferentes dependendo da marca e da qualidade. Fazer pesquisa de preço na internet também é importante”.

Brincadeiras e jogos de tabuleiro são aliados

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Paulo Henrique e filhos: cursos |  Foto: Divulgação

Existem muitas formas de estimular crianças a formarem um pensamento crítico em relação às finanças. Algumas delas, segundo especialistas, é envolvendo jogos de tabuleiros e outros tipos de brincadeiras. Eles ressaltam que cada método vai depender da fase de desenvolvimento do pequeno.

“Brincadeiras que simulam o ambiente de varejo, como um 'mercadinho', ajudam a entenderem o valor das coisas de forma bem direta e fácil. É preciso mostrar às crianças que uma nota de R$ 20 permite comprar uma determinada cesta de produtos”, afirmou o economista Alexandre Gebara.

Paulo Henrique Corrêa, economista, sócio-fundador da Valor Investimentos, é pai do Pedro Henrique, de 15 anos, e da Maria Luiza, 14. Os dois aprendem educação financeira desde que eram crianças.

“Meu filho, quando tinha 13 anos, começou a se interessar em saber como funcionava o mercado financeiro, queria entender com o que eu trabalhava. Coloquei ele para fazer alguns cursos pela internet. Isso tudo aconteceu de forma natural”.


SAIBA MAIS 10 formas de ensinar educação financeira para seus filhos


Diálogo é essencial

A educação financeira pode começar com as crianças desde muito cedo, com pequenas ações no dia a dia. O incentivo proporciona, no futuro, um jovem mais responsável, com pensamento crítico e organização.

Para estimular a educação financeira, os especialistas sugerem algumas medidas, como a adoção de cofrinho, da mesada e até o estímulo a jogos que abordam o assunto.

A lista a seguir contém algumas sugestões dadas por especialistas do setor financeiro.

1 Boa conversa
O dinheiro é um assunto que, mais cedo ou mais tarde, aparecerá na vida do seu filho. Portanto, quanto mais natural o assunto surgir, mais facilidade e desenvoltura eles vão ter em suas vidas para fazer as melhores escolhas financeiras.

Para crianças já maiores, pode-se conversar sobre temas como contas em banco, cheques, cartões, salário, orçamento, entre outros.

2 Valor do dinheiro
É importante enfatizar que o dinheiro vem com o trabalho. Mas destaque ao seu filho exatamente o valor que o dinheiro tem: que é uma moeda de troca que vem com a realização de algumas tarefas.

A criança deve saber, desde cedo, que o dinheiro não vem de forma fácil e que os pais trabalham para conseguir.

3 Melhor momento
Para muitos especialistas, o melhor momento para introduzir a educação financeira na vida das crianças é a partir de quando elas começam a contar, pois já estão se familiarizando com os números. Os pais podem mostrar moedas e explicar o valor que elas têm.

4 Cofrinho
Uma forma de começar esta educação financeira é com os famosos cofrinhos, pois se trata de uma experiência que mistura disciplina e planejamento para conquistar o que se deseja. Essa ferramenta proporciona aos pais a possibilidade de mostrar que é possível adquirir certas coisas, como um brinquedo, poupando as próprias economias.

5 Estimule doações
Reserve um momento para separar com a criança ou com o adolescente todos os brinquedos, as roupas, os calçados e os livros que não são mais utilizados e estimule a doação para quem precisa. Isso é uma forma de incentivar o hábito de consumo sustentável desde cedo e também de fazer o bem ao próximo.

6 Diga não, se for preciso
Na criação dos filhos, é fundamental estabelecer limites. Dessa forma, as crianças aprendem a não ficarem frustradas todas as vezes em que não conseguirem algo que desejam muito de forma imediata.

7 Mesada
Dar mesada aos filhos é essencial para que eles comecem a ter noções sobre como controlar os próprios gastos e sobre a importância de poupar dinheiro para comprar algum bem de consumo, ao invés de ter que se endividar para isso. A mesada proporciona que as crianças tenham intimidade com o dinheiro de uma forma saudável.

8 Mesadas x estudos
Não é recomendável associar a mesada ao estudo. Ela não deve ser um prêmio por boas notas. Estudar é responsabilidade da criança, que deve ser um ato prazeroso. A criança precisa entender isso de forma clara.

9 Básico x supérfluo
Esta é uma diferença que deve ficar clara para a criança. Saber distinguir o que é essencial para viver, como alimentação, limpeza e roupas, do que não é tão importante assim.

10 Cartão de crédito
É necessário que as crianças entendam que não é só passar o cartão e pronto. É preciso pagar a fatura depois. Explique também que existem os juros, que você deve se programar para que o pagamento do cartão ocupe uma fatia do seu orçamento, não ele todo. Sempre que puder, pague algo com dinheiro vivo na frente de crianças.

Fonte: Especialistas ouvidos e pesquisa AT.

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