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Economia

Carne de boi já está mais cara que bacalhau e lagosta


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Imagem ilustrativa da imagem Carne de boi já está mais cara que bacalhau e lagosta
Leonardo e Rosângela optaram pelo cação após conversa com o atendente Luciano |  Foto: Dayana Souza/ AT

Peixe fresco, tomate, cebola, azeite, urucum e coentro são a base de uma das receitas mais famosas da culinária capixaba, a moqueca. E com os cortes nobres da carne de boi, como a picanha, custando em média R$ 65,90 o quilo, saborear o pescado tem sido uma opção para os consumidores.

A lagosta, que está em período de defeso até fevereiro do próximo ano, pode ser encontrada em algumas peixarias que têm fornecedores de criadouros. O quilo varia de R$ 40 a R$ 49,90.

O bacalhau do tipo Saith pode ser encontrado em alguns supermercados por R$ 29,98 o quilo.

Já o badejo, que é o carro-chefe nos restaurantes que servem a moqueca capixaba, está custando entre R$ 38 e R$ 42,90 o quilo.

“Os peixes mais populares estão sendo os mais procurados. O peroá, a pescadinha, o baiacu e até mesmo o dourado, a venda aumentou bastante”, disse o vendedor de uma peixaria na Enseada do Suá, Luciano Nascimento.

Ele contou ainda que, com a proximidade das festas de fim de ano, as pessoas passam a procurar mais os peixes que podem ser assados tanto na brasa, quanto no forno. Para quem quer variar na ceia, há opções de pescados que custam entre R$ 21,90 e R$ 25,90.

O camarão, que também está no período de defeso até o fim de fevereiro, pode ser encontrado nos estabelecimentos especializados que têm fornecedores do marisco a partir de R$ 25 o quilo já limpo.

Superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider acredita que o preço da carne de boi ainda deve seguir aquecido até o fim de janeiro.

“Chegamos ao pico máximo dos preços da arroba do boi. Mais do que está, só se acontecer alguma coisa. A partir de janeiro e, sobretudo, em fevereiro, entramos na safra do boi, quando a oferta será maior”, explicou.

Já o valor do pescado, de acordo com Schneider, não deve subir tanto. “O peixe é uma opção. Temos peixes que, além de muito saudáveis, podem ser encontrados num preço bem acessível ao consumidor”, destacou.

Segundo o balanço mais recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vitória foi a capital onde houve maior alta no preço da carne, de outubro para novembro: 19,37%.

Churrasco é substituído por moqueca

Em vez do churrasco no fim de semana, uma bela moqueca! Com a carne de boi mais cara, o casal formado pelo microempresário Leonardo Másala, 38 anos, e a telefonista Rosângela Roepke, 33 anos, foi em busca de peixe e camarão.

“Vamos quebrar a rotina, e optamos por fazer uma moqueca mesmo”, disse ele. Após conversar com o atendente Luciano Nascimento, de 47 anos, os dois escolheram levar cação e camarão para fazer o prato mais tradicional da culinária capixaba.

Luciano explicou que o cação tanto pode ser usado para a moqueca quanto pode ser preparado frito. E combina muito bem com o camarão, que pode ser acompanhamento junto ao peixe ou ainda requintar uma moquequinha de banana-da-terra.

Imagem ilustrativa da imagem Carne de boi já está mais cara que bacalhau e lagosta
Leonardo e Rosângela optaram pelo cação após conversa com o atendente Luciano |  Foto: Dayana Souza/ AT

SAIBA MAIS

Pescados
Badejo

  • O preço do badejo inteiro, que é o carro-chefe no preparo da moqueca capixaba em restaurantes especializados, varia de R$ 38 a R$ 42,90 o quilo.
  • Um peixe de um quilo e meio rende, em média, 800 gramas de carne. Essa quantidade é suficiente para quatro pessoas, considerando 200 gramas de peixe por pessoa.

Bacalhau

  • O bacalhau Saith, em supermercados pesquisados, está custando R$ 29,98 o quilo. Outros tipos do peixe salgado, em peixarias, podem ser encontrados a partir de R$ 45,90 o quilo.

Lagosta

  • O marisco pode ser encontrado em alguns estabelecimentos que compram de criadouros, já que o animal está em período de defeso desde o início do mês até o final de fevereiro. O preço vai de R$ 40 a R$ 49,90 o quilo.

Fontes: Peixarias e supermercados da Grande Vitória pesquisados.

Preço dos ovos também aumenta

O preço do ovo também está mais caro para o consumidor. O percentual varia de 15% a 20%, de acordo com o diretor executivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves), Nélio Hand. E os motivos são a alta puxada pelo preço da carne de boi, além do aumento nos custos de produção.

“O custo de produção subiu muito nos últimos três meses. A saca de milho e o farelo de soja, que são 70% do custo de produção do ovo e do frango, subiram muitos este ano”, explicou.

Segundo o dirigente da Aves, o preço mais elevado deve se manter aquecido ainda por mais tempo.

“A princípio não existe perspectiva de cair o preço. É uma cadeia de reações. O custo do insumo subiu muito nos últimos tempos, as exportações de milho e soja estão muito altas também. A tendência é que os preços continuem aquecidos”, afirmou.

Avaliação
Uma pesquisa Datafolha feita no início de dezembro mostrou que 52% dos brasileiros avaliam que a inflação subirá nos próximos meses, maior percentual desde o levantamento de agosto de 2018 (54%). Na pesquisa anterior, em de agosto deste ano, 46% afirmaram que a inflação iria subir.

ENTENDA

Preços mais altos
Para 52% dos brasileiros, a inflação vai subir nos próximos meses, apontou o Datafolha. No levantamento anterior, feito em agosto deste ano, esse percentual era de 46%.

O percentual de pessoas que avaliam que a inflação vai cair passou de 20% em agosto para 17% em dezembro. E para 27%, a inflação ficará estável. Eram 30%, em agosto.

Foram realizadas 2.948 entrevistas, nos dias 5 e 6 de dezembro, em 176 municípios.

Desvalorização da moeda
Após seis meses de inflação, ou desvalorização da moeda, de 0,10% ao mês, em média, o índice de preços subiu 0,51% em novembro. Cerca de 40% da alta foi reflexo do aumento da carne de boi. Para dezembro, as expectativas são de um IPCA de 0,70%.

A inflação acumulada em 12 meses continua em níveis historicamente baixos (3,27% até novembro) e deverá fechar 2019 e 2020 abaixo de 4%.

Fonte: DataFolha e Agência FolhaPress.

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