Após renúncia, Vale diz que escolha de CEO segue regras

Lista tríplice será formada para a escolha de um novo presidente até dezembro

Redação do Jornal A Tribuna | 13/03/2024, 17:10 17:10 h | Atualizado em 13/03/2024, 14:21

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Apos-renuncia-Vale-diz-que-escolha-de-CEO-segue-re0017154100202403131421/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FApos-renuncia-Vale-diz-que-escolha-de-CEO-segue-re0017154100202403131421.jpg%3Fxid%3D754713&xid=754713 600w, Penido: “Nefasta influência política”

A Vale comunicou ontem que a atuação de seu conselho no processo de definição do presidente da companhia “está rigorosamente em conformidade com o estatuto social” e com o “regimento interno e políticas corporativas”.

O posicionamento da companhia faz referência à carta de renúncia do membro do conselho de administração José Luciano Duarte Penido. Segundo o documento, o conselheiro diz que o processo sucessório do comando da Vale “vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”.

A empresa diz ainda que seu conselho de administração seguirá “desempenhando as ações previstas nos processos de governança” e “executando sua missão de forma diligente”.

O conselho da Vale decidiu na semana passada estender o mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, que vencia em maio, até dezembro deste ano. Até lá uma lista tríplice será formada para a escolha de um novo presidente para a mineradora, e Bartolomeo ajudará na transição. Sua saída era desejada pelo governo federal, que tentou inicialmente emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo, mas recuou após as repercussões negativas.

Ao renunciar, Penido afirmou que, “no conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”.

O processo, continuou, tem sido operado por frequentes, detalhados e tendenciosos vazamentos à imprensa, em claro descompromisso com a confidencialidade.

Ele afirmou ainda não acreditar mais “na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale ao padrão internacional de uma corporation (companhia sem controle definido)”.

Seu mandato ia de maio de 2023 a abril de 2025. “Minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”, termina

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