Grãos vão ter 1ª queda desde 2018
Produção deve ser 5% menor que a do ano passado
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A safra nacional de grãos deve alcançar 299,6 milhões de toneladas este ano, uma produção 5% menor frente a obtida no ano passado (quando atingiu recorde de 315,4 milhões de toneladas).
Será a primeira queda desde 2018, quando houve retração de 4,7%. É o que apontam os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, cuja estimativa foi divulgada ontem pelo IBGE.
Na comparação com a estimativa de março, houve um aumento de 0,4% na produção de grãos, ou de 1,2 milhão de toneladas. Ainda assim, a perspectiva é de queda em relação ao ano anterior.
Os dados do levantamento, porém, correspondem às estimativas da safra feitas em abril, antes das chuvas que estão afetando o Rio Grande do Sul.
Até o momento, o IBGE não teceu análises a respeito dos impactos das enchentes no estado. Por isso, não há informações até agora sobre como a tragédia poderá afetar a produção de grãos este ano. Segundo o órgão, a evolução dos acontecimentos ainda está sendo avaliada.
“O IBGE trará uma atualização sobre as informações a serem divulgadas por suas pesquisas e levantamentos quando tiver segurança metodológica sobre o que vai ocorrer com toda a coleta”, informou ao jornal O Globo.
Segundo o IBGE, os efeitos climáticos ocasionados pelo El Niño, com excesso de chuvas no Sul e seca no Centro-Norte do Brasil, têm limitado a produção de cereais e leguminosas.
A produção de soja, por exemplo, cresceu 0,9% na comparação com o previsto em março. Ainda assim, deve chegar a 148,3 milhões de toneladas este ano. Isso representa uma retração de 2,4% este ano frente o total produzido no ano passado.
Já a produção do milho caiu 0,3% na comparação com o estimado no mês anterior e deve somar 115,8 milhões de toneladas em 2024. Isso significa que a produção deve ficar 11,7% menor do que o produzido em 2023, uma queda de 15 milhões de toneladas.
O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explica a produção de milho caiu principalmente por conta do preço. A queda no valor do grão caiu e desestimulou o plantio na segunda safra”, afirma.
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