900 mil no Estado vão poder sacar auxílio emergencial por mais 3 meses
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Enquanto a equipe econômica ainda prepara o desenho do programa social que irá substituir o Bolsa Família, o governo anunciou ontem a prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial.
A ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19 foi prorrogada até outubro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. O benefício contempla cerca de 900 mil beneficiários no Estado e a última parcela estava prevista para julho.
“Estamos prorrogando o auxílio emergencial por mais três meses enquanto acertamos o novo valor do Bolsa Família para o ano que vem”, disse o presidente Jair Bolsonaro em breve cerimônia em seu gabinete da qual também participou o ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer a ampliação do Bolsa Família este ano. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, o novo programa será lançado em novembro.
No começo de junho, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rechaçou a prorrogação do auxílio emergencial para além das parcelas já previstas e defendeu a aprovação pelo Parlamento do novo programa social, a substituir o Bolsa Família. Mas, em meio à perda de popularidade de Bolsonaro e com a falta de um projeto claro para o novo programa social, o governo decidiu estender o auxílio.
“Com esses três meses adicionais, serão sete meses de proteção aos brasileiros mais vulneráveis. Isso vai dar essa proteção enquanto atingimos a vacinação em massa da população brasileira. O ministro (da Saúde, Marcelo) Queiroga prevê que em mais três meses vem o controle epidemiológico. O auxílio emergencial vai até lá, e aí então aterrissamos no Bolsa Família”, afirmou Guedes.
Valor substancial
Segundo o ministro, Bolsonaro determinou que o Bolsa Família precisa ter valor substancial “para proteger a população mais frágil”.
“Pagaremos a última parcela do auxílio em outubro, e em novembro traremos o novo programa social do governo, fortalecido e ampliado para que os brasileiros possam avançar cada vez mais na sua qualidade de vida”, completou o ministro João Roma, cuja pasta é a responsável pelo auxílio emergencial e pelo Bolsa Família.
ENTENDA
Prorrogação
- O decreto de prorrogação do auxílio emergencial foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e será publicado hoje no Diário Oficial da União.
- O calendário completo de pagamento ainda precisa ser divulgado pela Caixa Econômica Federal, responsável por fazer os depósitos.
Quanto vai ser pago
- Segundo o Ministério da Cidadania, serão mantidos os valores pagos a:
- pessoas que moram sozinhas: R$150 por mês;
- mulheres chefes de família: R$375 por mês;
- demais beneficiários: R$ 250/mês.
Quem pode receber
- É preciso atender uma série de critérios para receber o novo auxílio:
- ter recebido o auxílio em 2020;
- ser trabalhador informal ou beneficiário do Bolsa Família
- ter renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300);
- ter renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 550).
Fonte: Ministério da Cidadania.
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