Dia da Mulher: síndicas são maioria no mercado
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No dia 8 de março foi celebrado o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.
É fato que ainda há muito a ser conquistado pelas mulheres, como maior participação na política, nos cargos de chefia em grandes empresas e até mesmo igualdade salarial. Mas você sabia que existem mais mulheres exercendo o cargo de síndico do condomínio do que homens?
De acordo com dados da Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais (ABRASSP), as síndicas são maioria no país. Dos mais de 450 mil síndicos contabilizados pela organização, 53% são mulheres. Isso indica que as mulheres síndicas são peça-chave na manutenção da indústria condominial, setor que movimenta mais de R$ 165 bilhões por ano, em todo o país.
Os desafios enfrentados no dia a dia vão muito além de uma boa gestão financeira na opinião de Zilméria Cerillo, síndica há mais de sete anos. “Lidamos com famílias, com pessoas de diferentes pensamentos, cultura, temperamentos. Gerir essas emoções requer jogo de cintura, ter e fazer a engrenagem de um condomínio funcionar cobrando as regras regimentais mas ao mesmo tempo com um olhar humano, e esse jogo de cintura, me desculpem os colegas de sexo oposto, nós, mulheres, saímos na frente”.
A síndica profissional Juliana Lopes Monteiro Mendes também é uma dessas mulheres que se destacam à frente da organização e bom funcionamento dos condomínios, desempenhando a função há doze anos em prédios residenciais e comerciais da Grande Vitória.
Para Juliana o grande desafio é se impor como liderança em alguns condomínios. “Muitas vezes, devido a participação masculina ser maioria nas assembleias, ter uma mulher como representante inicialmente causa um desconforto, às vezes até desconfiança. Mas com o passar do tempo, com a demonstração de profissionalismo e qualidade no trabalho conquistamos o nosso espaço”.

Mas há motivos para permanecer tanto tempo desempenhando essa função. “Ver a valorização do patrimônio de diversas famílias, auxiliar na criação de um ambiente saudável e harmônico para as pessoas viverem, ver o impacto positivo, a transformação na qualidade de vida das pessoas me deixa muito feliz e realizada”, reforça Juliana Monteiro.
Por que ainda se comemora o Dia da Mulher no condomínio?
- Mais do que um dia para homenagens, mensagens, decoração e lembrancinha de dia da mulher no condomínio, a data serve como um lembrete para todos de que ainda há muitas mudanças a serem feitas na nossa sociedade. Alguns exemplos são:
- A diferença salarial entre homens e mulheres.
- Fim da violência contra mulher.
- Cada vez mais incentivos para que mulheres assumam posições de liderança em empresas (e condomínios!)
- Preocupação em criar ambientes onde mulheres se sentem seguras para ir, vir e se expressar.
Afinal, um ambiente seguro para uma mulher, certamente é seguro para todos – e condomínios não ficam fora disso.
Origem Dia Internacional da Mulher - Diferente ao que muitas pessoas pensam, o Dia Internacional das Mulheres não começou com apenas um evento específico. A data comemorativa teve como origem uma série de eventos e passeatas que reivindicavam melhores situações de vida e de trabalho para mulheres ao redor do mundo, que ocorreram durante o final do século 19 e início do século 20.
Destes, alguns dos principais eventos foram:
- Uma conferência internacional de mulheres realizada em 1910 na cidade de Copenhague, capital da Dinamarca.
- Uma grande passeata que reuniu cerca de 15 mil mulheres, em fevereiro de 1909, na cidade de Nova York (EUA), que pediam por melhores condições de trabalho.
Já em 1975, a ONU definiu que 08 de março seria o Dia Internacional da Mulher, com o objetivo de relembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas de todas as mulheres do mundo.
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