Defensoria pede reaplicação de provas de concurso para delegado no Estado
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A Defensoria Pública do Espírito Santo solicitou a anulação das provas da segunda etapa do concurso para delegado da Polícia Civil do Estado, que foi suspenso preventivamente no último dia 2 de janeiro por irregularidades apontadas por candidatos. A seleção contou com mais de 16 mil candidatos inscritos inicialmente.
Além da anulação da etapa, a Defensoria recomendou que seja contratada outra organizadora para reaplicar as provas discursivas da seleção. Segundo o órgão, "após análise criteriosa das denúncias feitas pelos candidatos, entendeu-se que a conduta da banca organizadora do certame, o Instituto Acesso, não respeitou os princípios básicos da administração pública”.
Entre as irregularidades apontadas pela Defensoria estão a não atribuição de pontuação a todos os candidatos em razão da anulação de questão; não divulgação dos nomes dos integrantes da banca examinadora; cobrança de conteúdo na resposta não descrita na pergunta e falta de proporcionalidade na atribuição das pontuações pelo espelho de correção, sem valoração proporcional dos quesitos, entre outros pontos.
À reportagem, a Polícia Civil informou que o documento contendo as solicitações da Defensoria Pública foi entregue no gabinete do delegado-chefe na sexta-feira (10), e que o órgão agora tem um prazo de 20 dias úteis para emitir um parecer sobre o pedido.
Suspensão
No último dia 2 de janeiro, com publicação no Diário Oficial do Estado, o delegado-geral da PC-ES, José Darcy Santos de Arruda, determinou a suspensão preventiva do concurso.
Na ocasião, a Polícia Civil afirmou que se tratava de uma suspensão, e não de um cancelamento, e que todos os candidatos inscritos continuariam concorrendo até que os trâmites legais fossem finalizados.
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