Vitória e Vila Velha têm aumento no número de mortes por Covid
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Entre as cidades que tiveram aumento do número de mortes no mês de outubro, Vitória e Vila Velha se destacaram. Os dois municípios ficaram vários dias sem registrar mortes no início do mês, mas em seguida tiveram um crescimento.
O professor do departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo e membro do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos, Etereldes Gonçalves Júnior, destacou que a variação nesses dois municípios foi importante, tanto de casos, quanto de óbitos.
“Alguns municípios têm tido essa aumento importante de óbitos e de casos, mas a questão da ocupação dos leitos de UTI, que é um dos critérios avaliados na matriz de risco, tem segurado até o momento muitas cidades no risco baixo”, explicou.
A matriz de risco considera alguns indicadores, entre os quais o número de casos ativos por município, além da quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes e a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias.
Leitos
Já o eixo de vulnerabilidade considera a taxa de ocupação de leitos potenciais de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, isto é, a disponibilidade máxima de leitos para tratamento da doença.
“Essa vulnerabilidade ainda está abaixo de 50%, o que tem possibilitado que municípios ainda fiquem no risco baixo. Caso a taxa de ocupação dos leitos de UTI suba, como já foi anunciado pelo governo como algo possível para os próximos dias, passaremos a uma outra realidade e muitos municípios devem mudar a classificação”.
Como exemplo, ele citou que caso a taxa de ocupação estivesse acima de 50%, pela realidade atual de Vila Velha, a cidade estaria já no risco moderado. Hoje, apenas um município no Estado está em risco moderado, que é Ecoporanga.
No entanto, um novo Mapa de Risco será publicado hoje à tarde, que passará a valer a partir de segunda-feira.
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