Testes de coronavírus em professores e alunos serão por amostragem
Escute essa reportagem
O retorno presencial das aulas vai passar pela realização de um "inquérito sorológico" em professores e alunos. Este processo, que ainda está em fase de elaboração, será fundamental para nortear as políticas relacionadas a este setor e ao seu retorno ainda no mês de setembro.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, professores e alunos serão submetidos a testes para detecção do coronavírus, para analisar quais as liberações que serão concedidas. No entanto, nem todos serão testados: a análise será feita por amostragem.
Para atender a este "inquérito sorológico da educação", a Sesa estipulou comissões para que o Laboratório Central do Estado tenha capacidade de processar até 2.500 exames de covid por dia.
"Estamos preparando um projeto de testagem em alunos. Será um projeto por amostragem, que deve ser concluído ainda nesta semana e será utilizado como indicador para retorno às aulas, para que a gente possa monitorar a saúde desses alunos em relação à covid daqui pra frente", explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
Sobre a liberação das aulas presenciais, Nésio Fernandes deixou claro que é uma decisão que cabe ao governador Renato Casagrande, que deve abordar o tema ao longo desta semana. Os dados deste inquérito sorológico, no caso, serão fundamentais para a liberação de alguns setores.
"Nos interessa garantir que a Secretaria de Saúde tenha condições de testar todo e qualquer paciente sintomático do Estado e investigar os contatos assintomáticos. Acompanhando a redução de casos, poderemos voltar a testar todos os sintomáticos sem restrição de idade ou comorbidade e também daqueles mais próximos. Esta é uma etapa fundamental pregressa à flexibilização mais ampla de outras atividades", explicou.
Ainda de acordo com o secretário, estes dados poderão ser utilizados como um "marco zero" de acompanhamento do setor ao longo do ano. Ele, no entanto, preferiu não definir prazos.
"Hoje não há condições de afirmar a possibilidade de retorno imediato da educação infantil e do ensino fundamental", afirmou Nésio Fernandes.
Comentários