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Coronavírus

“Meu marido morreu aos 49 anos sem nenhuma outra doença”


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Imagem ilustrativa da imagem “Meu marido morreu aos 49 anos sem nenhuma outra doença”
Joaquim Corrêa Filho, o Júnior, ao lado da mulher Wallesca e das filhas Ana Luisa e Melissa |  Foto: Acervo pessoal

Uma união de 23 anos foi interrompida no último domingo (26) depois que o servidor público Joaquim Corrêa Filho, o Júnior, de 49 anos — que estava internado há 17 dias para tratar o novo coronavírus —, não resistiu.

Buscando força em Deus e demonstrando fé e serenidade nas palavras, a auxiliar de saúde bucal Wallesca de Brito Flor Correa, 45, conversou com a reportagem de A Tribuna na terça-feira (28) e disse que até agora não entende o que aconteceu com o marido, que não tinha nenhuma comorbidade.

O prefeito de Vila Velha, Max Filho, que é da mesma igreja que o casal, lamentou a partida precoce de quem foi definido como cristão exemplar, dirigente de louvor e que sempre tinha um sorriso estampado no rosto.


A Tribuna – Quem foi o Júnior?

Wallesca de Brito Flor Correa – Uma pessoa ímpar, muito carinhoso, educado, firme, um pai amoroso demais, marido exemplar que deixou como legado muita coisa boa. Foram 24 anos de convivência, sendo 23 anos de casados, que completaríamos exatamente no domingo, quando ele partiu.

Sério?

Sério, fez isso comigo ainda. Sei que um dia nos reencontraremos e quando eu chegar lá em cima vou puxar a orelha dele.

Quais sintomas ele apresentou da Covid-19?

Tudo começou no início do mês. Ele teve febre de até 39 graus e tosse seca insuportável que não o deixava dormir. Passou três vezes pelos PAs (Pronto-Atendimento) da Glória e Cobilândia. Era atendido e liberado.

Na terceira vez, no PA da Glória, ele foi submetido a um teste para Covid-19, que mostrou que o seu pulmão estava com alteração. O resultado não fica pronto na hora, mas ele foi isolado e, no outro dia, transferido para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.

Ele chegou a melhorar, mas infelizmente o quadro piorou e como não tinha vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ele foi transferido para o Hospital Evangélico de Vila Velha.

Durante o tempo em que ele esteve internado, conseguiu algum contato com ele?

Ele me ligou, já com uma voz muito cansada, de disse: “amor estou ligando para saber como vocês estão. Eu estou muito cansado e acho que vão entubar para melhorar a ventilação.”

Respondi que ele iria ficar bem e que estava aqui fora orando por ele e que iria sair dessa. Desse dia em diante, não nos falamos mais, mas todos os dias a gente tinha notícias. Eu não ia ao hospital porque também testei positivo para Covid-19, fiz o período de quarentena em casa.

A minha quarentena acabou no sábado passado, mas por segurança fiquei mais uns dias em isolamento domiciliar. Só que não pude vê-lo, pois no último domingo, às 17h15, ele teve uma parada cardíaca e nos deixou.

Ele era do grupo de risco, tinha alguma comorbidade?

Nada. Tinha 49 anos, não fumava, não tinha vício, bebia uma tacinha de vinho de vez em quando, não tinha hipertensão, diabetes, nenhuma comorbidade. A morte dele deixou até a equipe médica consternada, pois eles estavam muito confiantes na recuperação dele.

Qual a lembrança que vai guardar do seu marido?

São tantas que não conseguiria enumerar. A melhor herança que ele deixou foram as nossas filhas Ana Luisa, 12 anos, e Melissa, de 8 anos. Deus têm me sustentado, dando força e mostrado que não estamos sozinhas. Sabemos que o Júnior está nos braços do Pai.

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