Julho deve ter o menor número de mortes por Covid desde o início do ano
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Após um ano e quatro meses de pandemia e estratégias adotadas para conter o avanço da covid-19, o Espírito Santo já pode comemorar, pois se encaminha para terminar o mês de julho com o menor número de mortes pela doença desde o início do ano.

Um estudo feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) prevê, para este mês, 337 mortes pela doença, 186 a menos do que em fevereiro, quando foram registradas 523.
Se comparado aos dados dos últimos nove meses, julho também ocupará o ranking dos meses com menos mortes pela doença, ficando atrás apenas de outubro do ano passado, quando o Estado registrou 299 mortes.
“Estamos hoje com a menor média móvel de óbitos nos últimos 14 dias, desde o mês de outubro de 2020. A média foi de nove nos últimos 14 dias. Seguindo essa tendência, devemos fechar o mês com uma redução aproximada de mortes de 42%, algo em torno de 337 óbitos, colocando o mês em primeiro lugar neste ranking”, explicou o diretor de integração do instituto, Pablo Lyra.
Uma outra boa notícia é que o estudo também prevê que o mês de julho termine como o terceiro mês consecutivo em redução de mortes pela doença (42%).
Em maio deste ano, o número de mortes caiu para 40% em relação a abril, que registrou 2.032 mortes. Já em junho, a queda foi maior: de 51% (com 589 mortes).
“Só conseguimos reverter esses altos números de mortes devido às estratégias adotadas pelo governo, como a vacinação, a própria quarentena com medidas sanitárias, expansão de leitos, etc. Vamos entrar no segundo semestre com os números baixos e a tendência é que isso vá melhorando com o passar dos dias”, disse Lyra.
Trabalhando em Unidade de Terapia Intensiva de (UTI) covid desde o início da pandemia, quando viveu o que chama de “verdadeiro caos”, o médico intensivista Thiago Rodrigues Sequeira diz que já consegue perceber a melhora nos números.
“Nos hospitais em que trabalho, são cerca de duas internações por semana. Antes, se eu descia para buscar um documento de óbito de um paciente, a mesma mão que pegava esse documento, recebia outro de internação”, relatou.
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