“Graças às orações, eu voltei”, afirma médica que ficou 28 dias na UTI com Covid
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Após 28 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mais 14 dias se recuperando na enfermaria, a médica Maria da Penha da Silva, 63, ginecologista e obstetra há mais de 28 anos, teve alta, no último sábado, de um hospital particular onde estava com Covid-19.
No dia 7 de novembro, A Tribuna contou a história da médica e o drama de família, amigos e pacientes dela que estavam em corrente de oração pela sua recuperação. “Graças às orações, eu voltei. Eu acredito nisso”.

Maria da Penha agora está em casa sendo cuidada por familiares, entre eles o sobrinho Leonardo Lirio, 33. Ela relata que não sabe onde pode ter contraído a Covid-19.
“Eu tinha uma mãe acamada há cinco anos. Por isso, ia à farmácia, supermercado, padaria. Tudo aqui em casa era eu que saía e fazia, além de trabalhar. Não posso determinar qual o local que peguei”.
A médica conta que não teve febre, perda de olfato ou paladar. O cansaço foi o sintoma aparente. “Só tinha cansaço, fiquei uns três dias sentindo isso. Não aguentava ficar em pé ou sentada”.
Como consequência dos dias na UTI, a médica está passando por sessões de fisioterapia para voltar a andar. “Vou ter de aprender a andar novamente. Mas estou aqui, agradecendo minhas pacientes e colegas pelas orações. Saber onde peguei, não sei. O que o pessoal tem de fazer é usar máscara”.
Durante o período em que Maria da Penha esteve internada, a mãe, a aposentada Odete Maria Lírio da Silva, 84 anos, morreu, vítima da Covid, no dia 30 de outubro.
“Quando fui para o quarto, dia 15 de novembro, meus irmãos me falaram. Foi muito triste, mas por outro lado vejo que ela descansou. Ela não estava mais aguentando aquela vida na cama. A minha mãe era tão ativa quanto eu. Você não imagina o quanto estou sofrendo por não conseguir andar. Mas, em nome de Jesus, eu vou andar”.
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