Governo reduz para 7 dias isolamento de pacientes com covid-19
Liberação, no entanto, está condicionada à ausência de sintomas
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O Ministério da Saúde decidiu reduzir de 10 para sete dias o período recomendado de isolamento para pacientes com covid-19. Em entrevista coletiva dada no início da noite de hoje (10), o ministro Marcelo Queiroga anunciou a nova recomendação do governo.
Segundo a atualização do guia de vigilância epidemiológica para a covid-19 da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento.
Existe ainda uma possibilidade de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado.
Grande parte dos jornais anunciaram que a quarentena tinha sido reduzida para cinco e não sete dias. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, o número só pode chegar a cinco com as condições citadas acima.
Amigos comunicadores peço ajuda para comunicar que a redução padrão foi para 7 dias na ausência de sintomas e não 5.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) January 11, 2022
5 é exceção, tem que ter teste negativo e estar sem sintomas.
Precisamos comunicar claro isso, confusão pode gerar problemas na adesão.⬇️https://t.co/QZ63lTMvnb
Se, no entanto, o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos 10 dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, o Ministério da Saúde usou como parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da infecção com um teste negativo.
Na avaliação de Queiroga, a vacinação no Brasil tem avançado a ponto do governo reduzir o período de isolamento. “Como o Brasil tem avançado muito na campanha de vacinação, em relação ao número de doses de reforço, a população das grandes metrópoles está muito vacinada, podemos vislumbrar um cenário aqui no Brasil mais parecido com o que acontece em países como Reino Unido”.
Além disso, o governo tem se baseado no número de óbitos, que não tem aumentado na mesma proporção da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus. “A ômicron tem causado um número muito maior de casos, mas felizmente não há correspondência com o número de óbitos”.
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