Estado recebeu 1.100 doses de Coronavac vetadas pela Anvisa
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou 25 lotes da vacina Coronavac, neste sábado (4), totalizando 12 milhões de doses. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou, em nota, que um desses lotes vetados, com 1.100 doses, foi recebido pelo Espírito Santo.
Segundo a Sesa, as doses foram enviadas ao Estado no final de julho e fazem parte do lote L202106038.
"Deste total, 390 doses foram distribuídas a oito municípios. As demais, estão na Rede de Frios Estadual e não foram encaminhadas devido a validade ser superior aos lotes recebidos anteriormente", informou a Sesa.
A secretaria ainda garante que os municípios já estão informados e que aguarda novas orientação por parte do Ministério da Saúde.
"É importante frisar que não há risco referente as 500 mil doses adquiridas pelo Estado. Todas serão recebidas com a garantia de liberação da Anvisa. A Sesa acredita que a situação será resolvida em breve, pois o próprio Instituto Butantan divulgou nota esclarecendo a situação e atestando o rigoroso controle de qualidade no processo de produção da vacina considerada o imunizante mais seguro à disposição do Programa Nacional de Imunizações(PNI) devido a sua plataforma de vírus inativado", disse a secretaria.
A pasta ainda reforça que o Butantan é uma Instituição reconhecida internacionalmente que atua há 120 anos na produção de insumos para a saúde.
Medida é cautelar
A medida da Anvisa é cautelar e proíbe a distribuição e o uso desses lotes porque eles foram envasados em uma planta não aprovada pelo órgão na avaliação de uso emergencial da vacina. A decisão tem validade de 90 dias.
Segundo a Anvisa, os lotes foram envasados em uma unidade da empresa chinesa Sinovac, parceira do Instituto Butantan, que não passou por inspeção ou teve análise da agência.
Em nota, o Butantan esclareceu que a medida da Anvisa não deve causar alarmismo. "Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", diz.
O Butantan afirma também que encaminhou à Anvisa há 15 dias toda a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas essas doses. "Por isso, tem convicção que ela será concedida em breve. Caso necessário, pode complementar a solicitação com mais dados, inclusive da Sinovac, caso a agência julgue necessário."
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