Estado já planeja ampliar testes para pessoas com mais de 45 anos e com febre
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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já trabalha para ampliar a testagem de Covid-19 para alcançar pacientes com mais de 45 anos, que tenham febre e comorbidades como hipertensão, diabetes, câncer e obesidade.
Conversas já avançaram com prefeituras da Grande Vitória - onde essa ampliação deve começar na semana que vem, antes de avançar para o interior em 14 dias.
Atualmente, são testados os idosos, gestantes, pacientes com crise aguda respiratório grave, detentos com febre, profissionais da saúde, da segurança, e pacientes aleatórios em unidades sentinelas. Agora, esse grupo vai aumentar.
Segundo o secretário Nésio Fernandes, os pacientes do novo grupo que tiverem mais de sete dias de evolução de sintomas vão fazer o teste rápido, que não exige o envio da amostra ao Lacen/ES.
"Mas se tiver entre quatro e sete dias de evolução, faz o PCR, padrão ouro, que vai ao Lacen e que hoje é feito em hospitais de referência, Unidades de Pronto Atendimento, Pronto Atendimentos e poucas unidades básicas de saúde".
A decisão de ampliar a testagem, explica Nésio, passa por um levantamento da Sesa que identificou em dado momento que 84% dos internados em UTI com Covid-19 tinham mais de 45 anos.
"Do total de pessoas com mais de 45 anos que procuraram um serviço de saúde, quase cinco mil tinha mais de 45 anos. Destas, 83% procuraram o serviço de saúde até o sétimo dia da evolução do primeiro sintoma e 16% procuraram depois de setes dias", conta.
Objetivo
O aumento de testagem, diz o secretário, vai ajudar a despressurizar o sistema. Quando um paciente é internado num hospital sem diagnóstico anterior, ele precisa ficar num leito de isolamento até o exame sair. Se confirma, ele é destinado para uma unidade de referência para tratamento de Covid-19. Caso, contrário, vai para outra unidade. Com esse novo grupo sendo testado, esse processo é agilizado, quiçá evitado.
“O objetivo é que esse grupo tenha um diagnóstico precoce, já com uma triagem realizada, e garantir, se preciso, uma internação precoce. Não quero que esses pacientes tenham uma parada cardiorespiratória para que seja entubado. Quero antecipar os cuidados e que ele receba cuidado oportuno antes da complicação”, completa Nésio.
Vale lembrar que, com essa decisão, o Estado continua não seguindo o que é determinado pelo Ministério da Saúde em casos de transmissão local (quando não é possível detectar a origem da contaminação), que é testes apenas casos graves.
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