Capixaba na Irlanda decide voltar ao Estado
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Diante do avanço da pandemia e com medo do que ainda poderá acontecer, o engenheiro de Petróleo Lourenço Henrique Kalle Gomes, 33 anos, que nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, e mora na Irlanda desde dezembro do ano passado, tomou uma decisão: retornar para casa, em Vila Velha.
Mesmo com dificuldades, ele conseguiu comprar uma passagem aérea e agora conta os minutos para embarcar rumo ao Brasil. A previsão é de que isso aconteça amanhã.
Lourenço, que deixou a mulher e o filho de 9 anos no Estado, foi para a Irlanda com o propósito de estudar e aperfeiçoar o inglês.
Desde o início dos primeiros surtos da doença, segundo ele, o governo da Irlanda agiu rápido, limitando público, fechando academias e escolas de inglês.
“Até ontem (quinta-feira) morava em uma acomodação estudantil com 40 pessoas. Mas, o governo precisou do local para colocar doentes ou estoque de medicamentos, não sei. Agora, mudamos para uma casa com 12 pessoas, em Dublin. Todos que trabalham no comércio estão sem emprego”, relatou.
Ele contou que já tinha passagem de volta ao Brasil com conexão em Portugal, mas que, por conta de dificuldades em antecipar a data, decidiu comprar uma nova passagem com conexão na Alemanha.
“Está uma loucura, tudo incerto, mas decidi pagar para ver. Não estou com medo do corona, sei que é sério, estou me mantendo aqui isolado. Mas, o problema é não saber quanto tempo vai durar. Na incerteza, decidi voltar”.
Lourenço disse que na Irlanda já são mais de 200 casos da doença. “Não acho que tem lugar seguro porque esse vírus se espalha muito rápido. Na verdade, o Brasil é o meu país, a gente fica mais confortável em casa. Se fosse precisar de hospital é mais fácil no seu país do que no estrangeiro”.
Ele ainda completou: “A galera tem de se conscientizar e ficar em casa, todos presos mesmo. É ruim para todo mundo. As pessoas precisam entender e agir para tudo isso passar rápido e evitar que vire um caos ainda maior”.
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