Dicas de estudos mesmo sem edital para 27 concursos
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O anúncio do governo estadual — que definiu no Orçamento para 2020 a abertura de ao menos 17 seleções — e da União, que deverá abrir no ano que vem ao menos 10 concursos, traz um novo ânimo para os candidatos que buscam vaga no funcionalismo público. Mas como começar a estudar sem o edital publicado?

Especialistas indicam que é preciso ficar de olho nas tendências cobradas pelas bancas organizadoras, além de estudar com base nos editais anteriores.
Segundo o professor e coach Paulo Vargas, o momento dos anúncios dos concursos é determinante para quem deseja sair na frente na preparação para os certames.
“O governo estadual anunciou que irá abrir novos concursos no ano que vem. Este anúncio, por si só, já é suficiente para acender os ânimos dos candidatos, que devem começar a estudar com base nos editais anteriores. As matérias cobradas no conteúdo programático não costumam mudar muito de uma seleção para outra”, explicou.
Vargas destaca que os concursos federais demandam ainda mais atenção dos candidatos:
“No âmbito federal, a concorrência será enorme. O governo está há mais de três anos sem lançar grandes concursos e, quando lançar, o interesse será imediato. Além disso, a concorrência nesses certames é maior, pois o estudante concorre com pessoas do Brasil inteiro. Por isso, a importância de estudar com base nos conteúdos anteriores”.
A diretora pedagógica do Centro de Evolução Profissional (CEP), Ivone Goldner, reforça que assim que é anunciado a realização do concurso os interessados devem começar a se preparar.
“É imprescindível começar os estudos com bastante antecedência, assim que surgir a possibilidade de abertura das vagas. Se a pessoa não estiver se preparando antes mesmo da publicação do edital, perde em competitividade, no dia da prova”, declarou.
Ivone afirma que o candidato deve estudar com base no último edital e também em tendências das bancas examinadoras, considerando concursos recentes.
O professor de Português do Terra Concursos, Clarindo Vale, concorda e lembra que a maioria das disciplinas demanda atualizações constantes.
“A disciplina de Língua Portuguesa, por exemplo, demanda estudo contínuo. É preciso continuar estudando, mesmo sem os editais em mãos, ao menos duas horas por dia”, aconselha.
CONCURSO ANUNCIADOS
Seleções estaduais
- A lei orçamentária do Estado para 2020 foi aprovada na última semana na Assembleia e prevê a realização de ao menos 17 concursos e processos seletivos no próximo ano.
- Estão previstas seleções em áreas como Educação, Saúde, Segurança pública, Justiça, além da própria Assembleia, e de órgãos como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), entre outros.
- No âmbito federal, o Orçamento de 2020 prevê a abertura de até 32.553 vagas em órgãos da União.
- Entre os órgãos que irão abrir novos concursos estão o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal, Câmara dos Deputados, Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Senado, Tribunal de Contas (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Banco Central e Receita Federal.
Fonte: Orçamentos do Estado e União, e pesquisa AT.
Preparação para testes físicos têm de começar logo
O anuncio das seleções de âmbito estadual e federal acendem o sinal verde para que candidatos a cargos ligados à segurança pública possam se preparar para os testes físicos, comuns nesse tipo de certame.
O educador físico Rogério Peres Junior lembra que para que o desempenho de aptidão física seja positivo é preciso meses de preparação para a prova.
“Os testes para entrar na polícia ou bombeiros são de alto impacto e costumam exigir o máximo de desempenho dos candidatos. Para quem não está acostumado, é preciso começar a 'acostumar' o corpo com os exercícios com no mínimo seis meses de antecedência”, disse.
O especialista explica que, mesmo sem edital, existem exercícios que são comuns a todo teste de aptidão, como corrida, flexão e barra “O que deve variar é a duração e número de repetições”.
COMO ESTUDAR SEM EDITAL
Última seleção como referência
- Professores e especialistas são unânimes ao afirmarem que o estudo antecipado é a melhor forma de se preparar para o concurso.
- Mesmo sem edital, é possível iniciar os estudos, usando como base o último conteúdo programático publicado.
Horas de estudo
- Estudar de 3 a 4 horas por dia dará muito resultado, desde que o candidato tenha um método de estudo que funcione. A qualidade do estudo é o que determina o sucesso e não apenas o tempo de estudo.
- Especialistas reforçam que não é a quantidade de horas que determina a aprovação, e sim a fixação e a qualidade desse estudo.
- É necessário que o estudante avalie o seu desempenho e crie uma estatística das medições. Trace metas diárias, semanais e mensais.
- Com dois meses de estudo, o candidato deve estar com um desempenho superior a 65%, lembrando que, para ser aprovado em um concurso como esses, a performance deverá estar acima de 80%.
Tendências da banca e mapeamento
- Às vezes, mesmo que uma determinada matéria não tenha sido exigida no concurso anterior, se ela vem sendo cobrada em vários outros concursos semelhantes, vale a pena já começar a estudá-la.
- Nesses casos, além de estudar provas anteriores da banca, é preciso ficar de olho na área em que a vaga se encontra. Como exemplo, temas ligados à legislação costumam sofrer alterações todos os anos.
- O mapeamento da banca organizadora, com suas características, também deve ser feito e fará com que o candidato ganhe tempo estudando o que realmente seja pertinente para aquele concurso e aquela banca.
- É preciso atenção também às pegadinhas. Conhecendo melhor os estilos das provas, o candidato não é pego de surpresa e cria mais familiaridade com enunciados das questões.
Material de estudo
- Na hora de estudar para uma seleção que ainda não publicou as referências bibliográficas que serão cobradas, é preciso cuidado com o material didático desatualizado.
- É comum a disponibilidade de material na internet ou de um colega. No entanto, é preciso entender que há atualizações em quase todas as disciplinas.
- No âmbito dos direitos, por exemplo, há julgados do Supremo, súmulas vinculantes, leis novas, revogações, regras.
Fonte: Especialistas consultados.
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