Complicações contra a Covid-19
Indagados por não estarem usando máscaras, muitas pessoas afirmam que são resistentes à Covid-19. Esta declaração categórica é bastante perigosa, uma vez que, diante da pandemia, ninguém pode dispor da certeza de como o seu sistema imunológico reagirá.
Apesar disso, tudo indica que os indivíduos sem comorbidades terão mais chance de vencer o coronavírus.
Por outro lado, portadores de patologias crônicas, como hipertensão, diabetes, asma e pessoas acima de 60 anos são os mais propensos a ter problemas e morrer devido ao coronavírus. Nos idosos, o risco ocorre em função das alterações no sistema imunológico, naturais da idade.
Uma das comorbidades mais associadas às complicações fatais do coronavírus é a hipertensão arterial.
Nos casos de doenças cardíacas, a circulação prejudicada e a debilidade dos pulmões parecem favorecer a agressividade da infecção.
Quanto à diabetes, acontece agravamento de diversas infecções. Isso porque o quadro prejudica as defesas do organismo contra vírus, bactérias e afins.
Asma, enfermidades hematológicas, doença renal crônica, imunodepressão e obesidade também estão relacionadas às complicações e mortes decorrentes da Covid-19.
Nas doenças que atacam os pulmões, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica, a relação é clara, afinal estamos nos referindo a transtornos que já prejudicam a respiração. Nesse cenário, há acúmulo de secreção pulmonar e aumento da sensação de falta de ar.
Portadores da doença renal crônica também são membros do grupo de risco da Covid-19. Isso porque os rins são responsáveis pela filtragem do sangue e participam da resposta imunológica frente a uma ameaça viral.
A existência de duas ou mais doenças simultaneamente na mesma pessoa é conhecida como comorbidade.
Uma das características dessa coexistência é a possibilidade de as patologias se potencializarem mutuamente, ou seja, uma provoca o agravamento da outra e vice-versa.
Existem doenças que são consideradas comorbidades da obesidade, por exemplo: diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Da mesma forma, existe comorbidade quando uma pessoa sofre de hipertensão arterial e também apresenta glaucoma.
Tendo o corpo como campo de batalha, o vírus procura o ponto mais fraco e, ali, ataca com a sua maior força. Neste momento, o organismo luta, cometendo erros e fazendo reparos, buscando ganhar do inimigo. Isso é bom, pois viver sem correr riscos é morrer sem glórias.