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Tudo Viagem

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Colunista

Celso Martins Santos

Rio Sena nas Olimpíadas de 2024: entenda os riscos enfrentados pelo atletas

A França é um dos destinos turísticos mais visitados no mundo

Celso Martins Santos | 20/08/2024, 15:52 h | Atualizado em 20/08/2024, 15:52

Sediada na histórica e deslumbrante cidade de Paris, na França, a edição de 2024 das Olimpíadas chegou ao fim no dia 11 de agosto, marcando um evento de grande destaque para o esporte mundial. A França é um dos destinos turísticos mais visitados no mundo e a tendência é de resultados ainda melhores após as Olimpíadas.

O Brasil conquistou um total de 20 medalhas, sendo dez de bronze, sete de prata e três de ouro, em um desempenho que celebrou a dedicação e o talento dos atletas brasileiros. Entre as competições que chamaram a atenção estão as provas aquáticas, como o triatlo masculino e feminino e a maratona de natação, realizadas no icônico Rio Sena. Esse rio, que atravessa a capital francesa e se estende por mais de 770 km até desaguar no Oceano Atlântico, foi palco de disputas emocionantes, mas também de controvérsias.

A realização das provas no Sena não foi isenta de polêmicas e imprevistos, evidenciando o quão desafiador foi tornar adequado ao mergulho um rio que, por mais de um século, esteve longe de ser considerado seguro para esse propósito. 

Despoluição do Sena: um investimento bilionário

Segundo dados do Superinteressante, o governo francês investiu uma quantia de 1,4 bilhões de euros, aproximadamente 8,3 bilhões de reais, no projeto cujo objetivo era regenerar o rio Sena, onde os parisienses são proibidos de nadar desde a década de 1920. A divulgação do Rio Sena e de Paris iluminada para todos continentes vai ajudar a atrair milhares de novos turistas para a França.

Para garantir a segurança dos atletas, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 trabalhou em conjunto com órgãos regulatórios para monitorar continuamente a qualidade da água do Sena. Os padrões de segurança estabelecidos por esses órgãos regulam os níveis permitidos de bactérias e outros poluentes na água.

Tais parâmetros de qualidade determinam se um corpo d'água é seguro para atividades recreativas e esportivas. Um dos indicadores mais importantes é a concentração de Escherichia coli (E. coli), uma bactéria que pode causar graves problemas de saúde se ingerida.

As diretrizes da União Europeia, em específico a Diretiva Europeia sobre a Gestão da Qualidade das Águas Balneares (Diretiva 2006/7/CE), que estabelece parâmetros de qualidade para águas utilizadas para banho e atividades recreativas estabelecem que a água usada para esportes de contato direto deve conter menos de 500 colônias de E. coli por 100 ml de água para ser considerada segura.

No entanto, em julho, estudos mostraram que determinados trechos não atendiam a esses critérios, especialmente devido às chuvas intensas, que levam ao escoamento de resíduos urbanos para o rio.

Técnicas para o monitoramento da qualidade da água

Uma das técnicas utilizadas para monitorar a qualidade da água, especialmente em relação a poluentes como ácidos e bases, é a titulação química, método envolve a adição gradual de uma solução reagente a uma amostra de água até que uma reação química específica ocorra, indicando a concentração de certos contaminantes.

Em contextos similares ao do Rio Sena, a titulação pode ser empregada para detectar a presença de ácidos ou bases resultantes de descargas industriais, que podem alterar o pH da água e afetar negativamente tanto o ecossistema quanto a saúde humana.

A titulação também ajuda a garantir que o pH da água permaneça dentro dos limites seguros, prevenindo a corrosão de materiais e a exposição dos atletas a condições adversas.

Relatos preocupantes de atletas

Competições em águas abertas sempre envolvem riscos, mas quando realizadas em um ambiente potencialmente contaminado, tais riscos se tornam ainda mais claros.

O contato com água contaminada pode resultar em uma série de problemas de saúde, incluindo gastroenterite, infecções respiratórias, e doenças de pele. Para os atletas de elite, que dependem de uma saúde robusta para competir em alto nível, essas infecções podem ser devastadoras em termos de carreira e desempenho.

Atletas portugueses recebem tratamento para infecção gástrica, diz CPO

O Comitê Olímpico de Portugal (COP) informou que os triatletas Melanie Santos e Vasco Vilaça estão recebendo tratamento médico após desenvolverem infecções gastrointestinais durante sua participação nos Jogos Olímpicos de 2024, conforme relatado pelo portal Terra.

Santos e Vilaça disputaram provas nos dias 31 de julho e 5 de agosto no rio Sena, mas não há correlação oficial entre o contato com as águas do rio e o quadro clínico dos nadadores, salienta o veículo de notícias.

Em adição aos competidores de Portugal, outros competidores também chamaram a atenção devido a sintomas semelhantes de infecção gastrointestinal, possivelmente relacionados à contaminação do rio parisiense. Entre eles estão os suecos Simon Westermann e Adrien Briffod, bem como a belga Claire Michel, que apresentaram sintomas característicos de uma infecção gástrica.

Esses relatos de infecção e os desafios contínuos para garantir a segurança do Rio Sena durante as Olimpíadas de Paris ressaltam a necessidade urgente de um monitoramento rigoroso e de medidas rápidas para proteger os atletas.

Em meio às polêmicas, as Olimpíadas de Paris deixam um legado importante: a vigilância contínua e a capacidade de adaptação são indispensáveis para a realização segura de eventos esportivos dessa magnitude, além de ser uma forma de atrair mais turistas..

Além disso, os ocorridos evidenciam que a saúde dos atletas deve ser uma prioridade absoluta, e que qualquer negligência pode ter consequências graves não apenas para os participantes, mas também para a reputação do evento e da cidade anfitriã.

Fonte: Diretiva Europeia sobre a Gestão da Qualidade das Águas Balneares - Diretiva 2006/7/CE

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