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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Poupar é um grande negócio, desde pequeno!

Confira a coluna de sexta-feira (18)

Luiz Antônio de Souza Silva | 22/04/2025, 13:51 h | Atualizado em 22/04/2025, 13:51

Imagem ilustrativa da imagem Poupar é um grande negócio, desde pequeno!
Luiz Antônio de Souza Silva é promotor de Justiça e escritor |  Foto: Acervo pessoal

Inicialmente regulada pelo Decreto 2.723, de 1.861, atrelada à Caixa Econômica, com o fim de “receber a juro de 6% as pequenas economias das classes menos abastadas (...) sob garantia do governo imperial”, a poupança passou por vários fatos históricos, como o sério abalo sofrido devido ao confisco dos saldos superiores a NCz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados novos), em 1990, como parte do “Plano Brasil Novo” (Medida Provisória 168).

Atualmente, a poupança é remunerada de acordo com as leis 8.177/1991 e 12.703/2012, tendo a taxa Selic como parâmetro: quando a taxa estiver acima de 8,5% ao ano, ela não se aplica (rende 0,5% ao mês + TR); quando abaixo, serve como a referência (70% da taxa Selic + TR).

Se mediante teto máximo para render baseada na taxa Selic, a poupança inibe especuladores (que poderiam buscá-la, na alta, deixando-a, na baixa, inclusive instabilizando-a, completamente), pune severamente os “poupancistas”, pois, comumente, os rendimentos estarão bastante defasados, ante taxas Selic bem superiores a 8,5%, como, no momento, fixada em 14,25% ao ano.

Até mesmo a “lenda” de que fiéis “poupancistas”, cujos depósitos foram efetivados antes da nova lei (portanto, há 13 anos!), são “privilegiados”, pois terão sempre garantia de rendimento de 0,5% + TR, rui ante a frequência desse cenário, pois taxa Selic elevada oportuniza aplicações bem mais rentáveis, inclusive, algumas, comparáveis à poupança em termos de segurança.

E, como se sabe que a poupança é por demais importante para as políticas de governo, deduz-se que é preciso melhor equalizar a questão, para que o saldo social geral não acabe perspectivando-se severamente negativo.

Aliás, assim como a poupança, simples e financeiramente simplória, o próprio verbo poupar, que lhe deu origem e quase não é mais conjugado, às vezes, mal-interpretado, remetendo a algo em desuso e ultrapassado, gradativamente vai perdendo espaço para outros verbos, como consignar, financiar, (super)endividar, emprestar etc.

É sintomático que de uma época em que as crianças eram estimuladas – e até recompensadas por bancos – a economizarem, por exemplo, depositando suas moedas em cofrinhos, tê-las, atualmente, em casa, sem fazê-las rapidamente circular, parece tão surreal, que daqui a pouco é possível que se transforme até em crime, passível, inclusive, de busca e apreensão das moedas...

Enfim, o atual ciclo de consumo é baseado em estratégias que visam, cada vez mais, alcançar o desejo, antes das próprias necessidades, daí porque, grande passo, em contraponto, é absorver que poupar é para todos, quando mais cedo melhor, desde simples moedas, até inestimáveis patrimônios, muitos dos quais, a propósito, formados a partir desse hábito, como salutar planejamento de vida.

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