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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Pandemia e medo do dentista: um desastre odontológico

| 30/07/2021, 10:37 h | Atualizado em 30/07/2021, 10:46

Sentar na cadeira, retirar a máscara e manter a boca aberta durante uma hora. Hábitos comuns que passaram a fazer parte de um cenário que assustou e manteve muitas pessoas longe do dentista. Alguns, mesmo com problemas bucais, optaram por ficar em casa, com medo do contágio pelo novo coronavírus.

Após mais de um ano de pandemia, que ainda impõe uma série de restrições, especialistas do mundo todo chamam a atenção para uma realidade preocupante: um aumento de casos de doenças bucais, devido à ausência dos pacientes nas consultas odontológicas.

Durante a primeira onda da pandemia da covid-19, consultórios foram obrigados a fechar. Por dois a três meses, todas as consultas odontológicas tiveram que ser adiadas ou canceladas, exceto para tratamentos de emergência.

A Organização Mundial da Saúde informou que os atendimentos dentários estavam entre os serviços de saúde essenciais mais afetados devido ao novo coronavírus, com 77% dos países relatando interrupção parcial ou total dos tratamentos.

Contudo, as principais entidades médicas brasileiras alegam que esse comportamento não é recomendado pelo risco de agravamento de problemas, podendo tornar algo simples em doenças mais graves.

Ao contrário do que se pode imaginar, a necessidade de prosseguir com tratamentos é válida, principalmente em casos mais complexos, de pessoas que já têm algum histórico de doenças periodontais ou que fazem tratamento contra o câncer, por exemplo.

É necessário valorizar a importância de cuidar da saúde bucal pensando no bom funcionamento do organismo como um todo, uma vez que a boca é uma das principais vias de contaminação.
Isso porque as bactérias que são encontradas na boca e na língua podem chegar à corrente sanguínea e atingir outros órgãos, causando complicações com a covid-19. Situação que pode piorar se o paciente estiver internado por muito tempo, entubado, com complicações pulmonares e cardiovasculares.

Nesse cenário, o Ministério da Saúde lançou o Guia de Orientações para Atenção Odontológica no Contexto da Covid-19. O material leva aos profissionais da odontologia informações sobre cuidados e atenção à saúde bucal da população brasileira e apoio à retomada gradual dos atendimentos durante a pandemia do coronavírus.

Para que a população consiga retornar à normalidade e manter-se com a saúde bucal em dia, algumas ações rotineiras devem ser reforçadas. Os cuidados básicos com a higiene oral devem ser mantidos, independente do isolamento social.

Outro ponto visto como desastre na área odontológica é o aumento nos casos de bruxismo, doença que pode levar a problemas sérios nos dentes, como fraturas por conta de tensão e estresse. O problema já afeta cerca de 30% da população global, de acordo com a OMS.

Sim, a saúde começa pela boca. Quando alguém tem uma patologia bucal, corre o risco de ter um problema no seu organismo. Se a boca não está saudável, o organismo também não está. Por isso, não deixe de ir ao dentista.

Beatriz Coutens é cirurgiã-dentista oncológica e estomatologista.

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