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Leitores do Jornal A Tribuna

Obesidade infantil: muito além do que se vê

Coluna foi publicada no sábado (21)

Raniely B. Schmidt | 23/09/2024, 11:35 h | Atualizado em 23/09/2024, 11:35

Imagem ilustrativa da imagem Obesidade infantil: muito além do que se vê
Obesidade infantil atingiu proporções alarmantes nas últimas décadas |  Foto: © Divulgação/Canva

Nas últimas décadas, a obesidade infantil atingiu proporções alarmantes, emergindo como uma das maiores preocupações globais de saúde pública. O impacto do excesso de peso vai além de fatores estéticos, afetando significativamente a saúde das crianças e comprometendo diversos órgãos, com destaque para os rins, que sofrem consequências tanto na infância quanto na vida adulta.

A obesidade refere-se à deposição excessiva de gordura corporal. O diagnóstico pode ser feito através do índice de massa corporal (IMC), uma ferramenta econômica e amplamente utilizada para avaliar a massa corporal, relacionando peso e estatura.

Atualmente, uma em cada três crianças no Brasil apresenta IMC elevado. O Atlas Mundial da Obesidade 2024, divulgado pela Federação Mundial de Obesidade em março deste ano, apresenta estimativas preocupantes para os níveis e tendências da prevalência da obesidade no Brasil e no mundo. A projeção para 2035 é que metade das crianças brasileiras estarão obesas, o que representa cerca de 20 milhões de crianças.

Diversos fatores contribuem para a obesidade infantil, como ambiente, exposição alimentar, falta de conhecimento científico, cultura, comportamento e genética. Um dos principais vilões é o consumo crescente de alimentos ultraprocessados, que estão diretamente ligados ao aumento da obesidade. Carregados de conservantes, estabilizantes e aditivos químicos, têm seus sabores modificados, tornando-se altamente atraentes para a população.

A obesidade infantil impacta significativamente tanto a saúde física quanto psicológica das crianças. Do ponto de vista físico, pode levar a condições graves como diabetes, problemas cardíacos, asma, apneia do sono, gordura no fígado e complicações ortopédicas. Psicologicamente, a obesidade está associada a baixa autoestima e depressão. Crianças obesas frequentemente enfrentam bullying, têm menor interação social e passam mais tempo em atividades sedentárias.

As consequências da obesidade infantil para a função renal são especialmente preocupantes. Estudos mostram que o excesso de peso pode levar ao desenvolvimento de doença renal crônica em crianças. A obesidade está associada a aumento da pressão arterial, diabetes e alterações no colesterol, que podem causar danos aos rins ao longo do tempo. A obesidade pode contribuir para a formação de cálculos renais e outras complicações graves.

Para atuar de forma eficaz, é fundamental adotar uma abordagem multifacetada. O poder público deve promover ambientes alimentares saudáveis e esportes nas escolas e comunidades. Campanhas educacionais são essenciais para conscientizar pais e cuidadores sobre a importância de escolhas alimentares saudáveis e da atividade física regular desde a infância.

O combate à obesidade infantil é uma responsabilidade coletiva, e cada passo nessa direção pode fazer diferença significativa na saúde e bem-estar das futuras gerações.

Imagem ilustrativa da imagem Obesidade infantil: muito além do que se vê
Raniely B. Schmidt é médica nefrologista pediátrica |  Foto: Acervo pessoal

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