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Leitores do Jornal A Tribuna

Mauricio de Oliveira, nossa homenagem

Centenário de Maurício de Oliveira celebra o legado do maior músico capixaba, mestre do violão e referência da cultura do Espírito Santo

Manoel Goes Neto | 21/07/2025, 13:25 h | Atualizado em 21/07/2025, 13:25

Imagem ilustrativa da imagem Mauricio de Oliveira, nossa homenagem
Manoel Goes é produtor cultural, escritor e diretor no IHGES, |  Foto: Divulgação

Estamos celebrando o centenário de nascimento do grande músico capixaba Mauricio de Oliveira, um dos maiores nomes da música brasileira. Ele nasceu no dia 19 de julho de 1925, na verdade, foi registrado pelo seu pai em 1924, um ano depois do nascimento numa residência humilde ao lado do Forte São João, hoje o Saldanha da Gama, no antigo Porto das Pedreiras. Maurício de Oliveira foi violonista e cavaquinhista.

Aos 11 anos já era um virtuose e se apresentava como violonista. Os 14 estreou na Rádio Espírito Santo. Na trajetória de 70 anos de violão, foi um dos principais intérpretes de Villa-Lobos. Em 1967 gravou álbum pela gravadora Odeon/London interpretando Villa Lobos, contendo os Estudos, Prelúdios e a Suíte Popular Brasileira. Sua obra, rica em melodias e acordes inspiradores, atravessou gerações emocionando e encantando amantes da boa música.

Em 2016, foi eternizado, na Praia de Camburi, na sua cidade natal, com monumento em bronze do escultor Fernando Poletti. O objetivo, além de homenagear uma das figuras mais emblemáticas da cultura capixaba é criar a interação entre os locais e turistas com a obra. Seu centenário é uma chance para reverenciar sua trajetória e celebrar sua genialidade. Sua música continua viva e presente em nossos corações, perpetuando sua memória e seu legado, e foi com certeza o principal músico do Espírito Santo, uma referência como valor de nossa terra, e como incentivador do rompimento das barreiras postas à música local.

É autor de obras como a Dança do Chico Prego, homenagem ao personagem capixaba e Canção da Paz. Suas amplas possibilidades ao violão o levaram para Varsóvia (Polônia) em 1955, onde ocorreu o Festival Internacional do Violão para a Juventude e onde conquistou o honroso segundo lugar com a interpretação de sua música mais famosa: “Canção da Paz”. Como não bastasse sua produção musical, o cargo de Diretor Artístico da Rádio Espírito Santo lhe propiciou diversas apresentações, tanto em Vitória como no Rio de Janeiro, com nomes consagrados na MPB.

Foi professor de violão e diretor da Escola de Música do Espírito Santo, sendo considerado mestre de vários chorões de Vitória e uma das personalidades mais importantes na história da música popular do Estado. Faleceu em setembro de 2009. Após sua morte, a faculdade de música do Espírito Santo passou a se chamar Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira”. Em 2010, foi instituída por decreto municipal 14.817 a Comenda Mauricio de Oliveira, criada como forma de reconhecimento e gratidão ao trabalho do maestro.

Maurício de Oliveira deixou uma vida dedicada à família e à música. Sua discografia é marcante, como também eram as suas calças e seus sapatos brancos, sempre impecáveis. Sua paixão pelos instrumentos inspirou seu filho Tião, os netos Geraldo e Lucas (todos violonistas) e a neta pianista Antônia. A música tornou-se marca registrada da família Oliveira. Sua vida rendeu ainda o livro O Pescador de Sons, de autoria do jornalista e escritor Marien Calixte.

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